Construção de hotel em Albarquel em tribunal

O projecto de construção de um hotel em Albarquel, junto ao forte e à praia, em Setúbal, está em tribunal por iniciativa do promotor e em risco de não sair do papel devido aos obstáculos apresentados pela CCDRLVT (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo).

Em causa está o facto do Grupo Libertas Imobiliário ter comprado o terreno à Estamo (Estado), por 2 milhões de euros, há quatro anos, com capacidade para construção em 5.000 metros quadrados e agora entidades como a CCDRLVT (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, estão a levantar problemas ao projecto apresentado, permitindo apenas a construção em 3.600 metros quadrados.

O grupo português Libertas Imobiliário deveria ter lançado a primeira pedra da construção de uma unidade hoteleira em finais de 2017 e passados três anos ainda não arrancou.

A revelação foi feita pela presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, que acusa o Estado de “mentir” e de “não ser uma entidade de bem”.

“O promotor anda há três anos a pedir ao Estado para construir e o ano passado aconselhei-os a apresentar queixa”, disse Maria das Dores Meira, adiantando que a CCDRLVT informou que só permite construir metade do que estava previsto, apesar do plano de pormenor estar aprovado.

“O promotor em desespero de causa tiveram de ir para tribunal”, disse a edil sadina, mostrando-se solidária com o investidor. “Tiveram a minha comparticipação para ir imediatamente para o tribunal e andaram anos de volta do governo para não o fazer” e “tiveram algum pudor em anunciar isto”, afirma Maria das Dores Meira.

“O Estado vendeu o terreno em hasta pública com capacidade construtiva para tal, quando entra o processo há três anos na Câmara Municipal de Setúbal e vai às entidades oficiais, a CCDRLVT afirma que não tem capacidade para tal”, acusou.