Companhia de Teatro de Setúbal e a Galeria Atelier Arte Pólvora da Cruz assinam protocolo de colaboração

A Companhia de Teatro de Setúbal (CTS), liderada por Bruno Frazão, celebrou um protocolo de colaboração com a Galeria Atelier Arte Pólvora d’Cruz, da artista Lurdes Pólvora da Cruz, a 18 de fevereiro, tendo em vista a criação de um grupo de teatro amador nesta instituição cultural, situada na rua Augusto Cardoso, no centro da cidade.

O protocolo estabelece que a CTS pode utilizar as instalações do primeiro andar da galeria, a título gratuito, nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro deste ano, duas vezes por semana, entre as 18 e as 21 horas, para ensaios, formações, workshops de teatro e artes performativas, com a criação de turmas de teatro.

Em contrapartida, a Companhia de Teatro de Setúbal compromete-se a estrear os espetáculos, neste espaço, criados no âmbito das turmas de teatro previstos para dezembro de 2022, sendo as receitas revertidas para a galeria atelier. Compromete-se ainda a ceder a título gratuito um recurso humano para a criação de um grupo de teatro da Galeria Atelier Arte Pólvora d’Cruz, sendo esse elemento responsável pela encenação dos espetáculos bem como acompanhar todo o trabalho desenvolvido. Cabe também à CTS disponibiliza som, luz e guarda-roupa, adereços e cenários para os espetáculos do novo grupo de teatro.

Lurdes Pólvora da Cruz salienta que a sua galeria é “uma casa para todos os que gostam da cultura” e nesse sentido é “muito natural que venha a ter uma companhia de teatro e conhecendo o trabalho do Bruno Frazão há muitos anos, fico muito satisfeita que seja a CTS a companhia que vai entrar pela primeira vez nestas salas”.

“Durantes os oito anos de existência desta casa , fizemos várias diligências para criar um grupo de teatro, mas foram tentativas frustradas por várias razões, nomeadamente devido a fatores da vida das pessoas, mas desta vez tenho uma esperança muito grande que Bruno Frazão chegue a com a bom término”, disse a artista, frisando que “este sonho de ter um grupo de teatro dentro destas paredes já existia há muito tempo, onde há pintura, poesia, dança e a música”.

Bruno Frazão salientou que a assinatura deste protocolo de colaboração “dá-me prazer porque a cultura, nas suas várias formas, é algo que me é intrínseco, sinto a cultura a cada passo do meu dia-a-dia, e ao longo da vida como algo fundamental no meu crescimento e formação enquanto ser humano e profissional”.

“Sinto que partilho com Lurdes Pólvora da Cruz, uma paixão imensa pela arte e a cultura e pela sua partilha”, sublinha o presidente da CTS, acrescentando que “a arte e a cultura só fazem sentido partilhadas porque partilhando elas crescem e multiplicam-se e que povo seríamos sem cultura e arte”.

“Este protocolo é a formalização de uma parceria que traz ganhos a ambas as instituições, sem que nenhuma perca a sua essência e deixe de ser aquilo que é a sua génese”, afirma Bruno Frazão, destacando que este protocolo “vai levar à criação de um grupo de teatro, significando que o produto final a apresentar, um espetáculo, vai ser construído de raiz pelos seus intervenientes, os atores, desde os cenários aos figurinos, passando pelos textos, e tudo quanto compõe uma peça de teatro”.

Bruno Frazão disse ainda que “para além da criação deste grupo de teatro, este protocolo vai permitir a realização de workshops de representação e de várias valências relacionadas com as artes performativas, criação de textos, escrita criativa, colocação de voz, posicionamento corporal, encenação, representação, entre outras”. Estes workshops começam em setembro, estando já as inscrições abertas.

O presidente da CTS prende que sejam criadas duas turmas, uma destinada a crianças e jovens, e outra intergeracional.