Ciclo de Conferências “Ler Sebastião da Gama” com Sebastião Belfort Cerqueira e Carlos Reis

No próximo dia 13 de Outubro, pelas 18h30, na Biblioteca de Azeitão, realiza-se mais uma conferência do ciclo “Ler Sebastião da Gama”, com Sebastião de Azeitão: Sebastião Belfort Cerqueira. O evento é promovido pela Associação Cultural Sebastião da Gama.

O palestrante nasceu em 1987, em Lisboa, e foi viver para Azeitão.

Coincidência ou não, este Sebastião também tem ligações a Estremoz e é, como não podia deixar de ser, Poeta. Publicou os livros O Pequeno Mal (Edições Sempre-em-pé, 2011), EL SEGUNDO (edição de autor, 2015), RSO&SBC (com Ramiro S. Osório, Douda Correria, 2018), Monda (Edições Sempre-em-pé, 2019), Música Normal (Companhia das Ilhas, 2021) e Está Um Dia Lindo, (Edições Sempre-em-pé, 2021)

Curiosidade: quando RSO&SBC foi publicado, resumiu a sua biografia da seguinte forma: “Sebastião Belfort Cerqueira nasceu em 1987, em Lisboa. Passa agora a ter dois livros e meio publicados.

Doutorado em Teoria da Literatura em 2018 – com uma tese intitulada «”Galhofa e música e pernas”: o musical de Hollywood como outra arte qualquer», – devem os leitores saber que este Sebastião é uma alma generosa: este Sebastião dedica-se à tradução, a forma mais generosa de se estar na literatura, abrindo aos outros mundos que jamais alcançariam sem a sua intermediação.
É Poeta. É leitor. Foi estivador. É tradutor. É vendedor de bolas de berlim.
Foi considerado uma das “vozes dissonantes da novíssima poesia portuguesa” pelo Público, em 2018.

Jornadas Bienais de Estudos Locais de Setúbal 2023 com Sebastião da Gama presente

Também no próximo dia 13 de Outubro, no Auditório do Mercado do Livramento, em Setúbal, horas antes de Azeitão receber o grande Sebastião Belfort Cerqueira, decorrerão as I Jornadas Bienais de Estudos Locais de Setúbal.

E nelas Sebastião da Gama marcará a sua presença, através de uma intervenção do presidente da Associação Cultural Sebastião da Gama, Lourenço de Morais, que decorrerá às 16h00, subordinada ao tema “O Escritor e a Cidade: de Sebastião da Gama para Setúbal; de Setúbal para Sebastião da Gama”.

Conferência com Carlos Reis


No dia 27 de outubro, pelas 18h30, na Casa da Cultura, em Setúbal, o Ciclo de Conferências “Ler Sebastião da Gama” regressa com Carlos Reis.

Açoriano de nascimento, Coimbra tornou-se a sua cidade desde o dia em que ingressou da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Filologia Românica (eis aqui uma semelhança com Sebastião da Gama), em 1968.

É em Coimbra, na sua alma mater, que se dedica ao ensino universitário, tendo leccionado as cadeiras de Literatura Portuguesa, Literatura Espanhola e Teoria da Literatura. Aí se doutorou em 1983, com a tese intitulada O discurso ideológico do neo-realismo português.

O seu nome confunde-se com o de Eça de Queirós, tamanha tem sido a sua dedicação e fidelidade ao grande romancistas e cronista português.

A sua produção literária e cientifica dedicada ao estudo e divulgação da obra queirosiana, iniciada em 1975, é infindável e estará, por certo, ainda incompleta.

Entre 2000 e 2001, foi presidente da Comissão Nacional e da Comissão Executiva para as Comemorações do Centenário de Eça de Queirós.

Pelo meio, criou uma cadeira de Estudos Queirosianos na Universidade de Coimbra e é coordenador da Edição Crítica das Obras de Eça de Queirós.

Homem viajado, tem sido embaixador das letras portuguesas e tem levado a Literatura Portuguesa além fronteiras enquanto professor convidado em diversas universidades (v.g. Santiago de Compostela, Rio de Janeiro, Salamanca, Hamburgo, Wisconsin-Madison e Massachussetts-Dartmouth), e também enquanto presidente da Associação Internacional de Lusitanistas, entre 1999 e 2002.

Fundador da Universidade Aberta em 1998, foi seu Reitor até 2011 e foi Director da Biblioteca Nacional entre 1998 e 2002.

Doutor Honoris Causa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, é benfeitor e sócio grande benemérito do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro e sócio correspondente da Academia Lusíada de Ciências, Letras e Artes de São Paulo.

Comendador da Ordem de Isabel a Católica de Espanha e Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal, em 1996 recebeu o prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho e em 2019 foi distinguido com o Prémio Eduardo Lourenço.

É presença assídua na imprensa, (v.g. o Jornal e Letras) e defensor da adopção do Acordo Ortográfico de 1990.