Chuva forte e persistente continua a afetar Setúbal

Chuva forte e persistente vai continuar a afetar o território nacional até ao início da tarde de quinta-feira, 15 de dezembro, com o período crítico a registar-se até às 18h00 de hoje (13 de dezembro), indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Segundo as previsões do IPMA, hoje a precipitação acumulada pode atingir os 40 a 60 milímetros em seis horas, enquanto entre as 09h00 e as 18h00 de quarta-feira o valor deve situar-se entre os 20 a 30 milímetros em 12 horas.

A chuva pode ser acompanhada por trovoada e rajadas fortes de vento, sendo ainda possível a ocorrência de fenómenos de vento localmente intensos, enquanto a agitação marítima vai ser forte na costa ocidental, com ondulação de quatro a cinco metros de oeste/sudoeste, passando na quarta-feira para o quadrante oeste e, gradualmente, para noroeste.

Os efeitos de maré, conjugados com a forte agitação marítima, podem causar inundações nas zonas urbanas vulneráveis. Em Setúbal, a preia-mar está prevista para as 18h20 de hoje e para as 06h33 e para as 19h06 de quarta-feira.

Particularmente no que diz respeito a Setúbal, a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente aponta para que possa ocorrer um aumento das afluências à Ribeira do Livramento.

Tendo em conta este quadro meteorológico, o Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal adverte para a probabilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem, e de inundações por transbordo de linhas de água.

Há também a possibilidade de situações de piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água, inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem, galgamentos ou inundações costeiras e quedas de árvores ou ramos, de estruturas publicitárias ou de elementos construtivos mais frágeis em edificações.

Os passeios na costa e a prática de atividades relacionadas com o mar são, igualmente, desaconselhadas.

A Proteção Civil sublinha que os efeitos causados pela intempérie podem ser minimizados com a adoção de comportamentos adequados, pelo que recomenda um conjunto de medidas que devem ser observadas pela população.

A desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas são algumas dessas medidas.

Outra é a adoção de uma condução defensiva, com redução da velocidade habitual e especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias.

Durante estes períodos de condições atmosféricas adversas, não devem ser atravessadas zonas inundadas, dado o perigo de arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.

As autoridades recomendam ainda especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas e atenção à possibilidade de queda de ramos e mesmo árvores, em virtude de vento mais forte.

Há igualmente que efetuar a fixação adequada de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outros elementos suspensos.

Durante este período, é necessária uma atenção especial às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e das forças de segurança, que, além destas informações genéricas, podem emitir instruções específicas.