Catarina Marcelino vai candidatar-se à presidência da Comissão Política Concelhia do Montijo do Partido Socialista, nas eleições marcadas para janeiro de 2024. A atual presidente da Assembleia Municipal do Montijo, antiga secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade e deputada, apresenta a candidatura no dia 25 de novembro, às 15h00, na sala da Galeria Municipal, conta com o apoio dos vereadores socialistas (Maria Clara e José Manuel Santos) e de militantes históricos como Francisco Santos. A candidata promete unir o partido em prol de uma candidatura forte à presidência da Câmara do Montijo em 2025, já que Nuno Canta conclui o terceiro mandato e não pode recandidatar-se, mas ainda não definiu candidato.
Florindo Cardoso
Setúbal Mais – Quais as razões que levaram a candidatar-se à presidência da Concelhia do Montijo do PS?
Catarina Marcelino – Considero que sou a pessoa que tem as melhores condições para liderar a Concelhia do Montijo, nesta mudança de ciclo político no concelho. Sou uma pessoa a quem o Partido Socialista já deu muito. Fui secretária de Estado e deputada porque o PS deu-me essa oportunidade e considero que no Montijo, dado que estamos num momento crucial de mudança de ciclo, quer dentro do partido, na concelhia, quer na câmara municipal, com as eleições autárquicas de 2025, que têm de começar a ser preparadas em janeiro, este é o momento certo e adequado. Considero ser a pessoa certa e quero retribuir ao partido, na minha terra, aquilo que me deu.
Setúbal Mais – Considera que consegue a união de partido para alcançar uma liderança forte na Concelhia do Montijo?
Catarina Marcelino – O objetivo é ganhar a Concelhia do Montijo para depois criar consensos e união dentro deste órgão para o projeto autárquico de 2025 porque a seguir a estas eleições, o partido é só um, temos de envolver todos e contar com todas as pessoas para o processo de preparação das autárquicas. Não me passa pela cabeça, ser de outra maneira. As divisões não levam a lado nenhum. Temos de ser um partido forte e coeso e é nesse espírito que me candidato às eleições.
Setúbal Mais – O facto de haver duas candidaturas assumidas para a Concelhia é importante porque é a primeira vez que acontece em duas décadas?
Catarina Marcelino – É importante e sinal de vitalidade do partido. É sinal de que há vários protagonistas e pessoas que têm ideias diversificadas e pensamento diverso e isso é extremamente positivo. Haver uma disputa interna é a democracia a funcionar, um partido a funcionar e vivo e isso parece-me muito importante e positivo nesta fase.
Setúbal Mais – A candidatura à liderança da Concelhia não implica uma candidatura à presidência do município?
Catarina Marcelino – Não. Sou candidata à presidência da Concelhia do Montijo e não estou a apresentar uma candidatura à câmara municipal. É nessa lógica e espírito que me apresento, sem qualquer intenção de uma candidatura autárquicas. Até porque o momento de preparar as autárquicas é a seguir a estas eleições internas.
Setúbal Mais – Fala-se de uma candidatura da Catarina Marcelino à Concelhia com o candidato Ricardo Bernardes à presidência da Câmara do Montijo?
Catarina Marcelino – Não tenho candidatos à presidência da Câmara do Montijo porque este não é o momento de os ter. As eleições são só a seguir. Há mais de que uma pessoa com intenção de ser candidata à câmara municipal, mas neste momento não há candidatos nem é essa a perspetiva desta candidatura. Esta candidatura é uma candidatura ao partido numa lógica de a seguir, procurar quem tem melhores condições para liderar as listas para a câmara municipal e juntas de freguesia, que também vão mudar. São processos que considero extremamente importantes e temos de procurar equipas, com quadros competentes, novos rostos e apostar renovação porque estamos a chegar ao fim de um ciclo político. Temos de perspetivar o futuro do partido com aqueles que cá estão, mas com outros que se possam juntar, com uma ideia de abertura. Não parto para esta candidatura no prossuposto de que há um candidato óbvio e imediato às eleições autárquicas.
Setúbal Mais – Conta com fortes apoios, desde os atuais vereadores do PS a militantes históricos como Francisco Santos?
Catarina Marcelino – Sim. Tenho muitos apoios à minha candidatura, de pessoas que considero importantes, dentro daquilo que é a história e a vida do PS no Montijo, quer os vereadores Maria Clara e José Manuel Santos, quer o presidente da Assembleia de Freguesia do Montijo, Francisco Santos, a n.º 2 da União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro, Ana Cristina, o presidente da Junta de Freguesia da Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia, Manuel Maria Ferreira Honório, o militante histórico Francisco Santos, antigos militantes da zona rural e militantes que se encontravam afastados e que agora de aproximam do partido. Temos um conjunto de pessoas que são importantes, dentro daquilo que será o futuro da Concelhia do Montijo e novos militantes interessados em participar e elementos da Juventude Socialista.
Setúbal Mais – O timing destas eleições é importante porque dá tempo para preparar atempadamente as candidaturas autárquicas?
Catarina Marcelino – Sim. Estas eleições para a Concelhia deveriam ser no final do ano de 2024, mas o PS a nível nacional decidiu antecipar para janeiro e o ciclo interno, com eleições na federação distrital em fevereiro, preparando assim o partido para o ciclo eleitoral, o que é positivo.
Setúbal Mais – É importante preparar antecipar o trabalho para manter o poder do PS na Câmara do Montijo?
Catarina Marcelino – Quando há eleições há sempre a possibilidade de ganhar ou perder, é o princípio da democracia. Obviamente que vamos preparar candidaturas fortes para continuar um ciclo político que tem uma história e um passado que tem de ser honrado, numa ótica de progresso e desenvolvimento, com um novo projeto e novos protagonistas. É com esse objetivo que vamos preparar uma candidatura que sair vencedora nas eleições de 2025.