Câmara de Setúbal exige requalificação urgente da EB 2,3 Aranguez

A vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, aponta para a necessidade da requalificação da Escola Básica 2,3 de Aranguez, em visita ao estabelecimento de ensino.

“A escola está em muito mau estado e necessita de uma intervenção muito urgente. Vamos questionar o Governo para perceber quais foram os critérios aplicados para que esta escola não esteja classificada como muito urgente na lista de prioridades para requalificação, tendo em conta a existência de problemas de infiltração graves.”

“É uma escola com 40 anos que teve intervenções muito pontuais. Há problemas na cobertura que por não terem sido resolvidos no tempo certo agravaram as condições no interior do edifício. Agora está à vista de todos que a escola precisa de uma requalificação geral mais profunda”, defendeu Carla Guerreiro
A EB 2,3 de Aranguez foi colocada, em 2019, numa lista elaborada pelo Ministério da Educação na qual era considerada uma escola para requalificação prioritária.

No entanto, “nada foi feito desde então” e este ano quando o Governo elaborou novas listas, resultantes de um acordo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses no âmbito das transferências de competências, a autarquia sadina exigiu a colocação desta e de outras três escolas nas prioridades de intervenção.

Nesta lista, diferente da que foi realizada em 2019, surgem quatro escolas do concelho. A Escola Secundária du Bocage está indicada para uma intervenção muito urgente e as escolas básicas 2,3 de Aranguez, Barbosa du Bocage e de Azeitão encontram-se na lista das prioridades urgentes.

“Do nosso ponto de vista, a Aranguez precisa de uma classificação de ‘muito urgente’ e queremos saber porque é que isso não aconteceu. Antes de a transferência de competências se efetivar, já conhecíamos os problemas aqui existentes, mas a questão das infiltrações agravou-se bastante nos últimos meses.”

Salas onde chove no interior, incluindo o refeitório e a biblioteca, alguidares e baldes espalhados por vários locais a amparar a água que cai do teto e pisos danificados é o cenário visível num dos blocos do edifício, onde uma das salas de aula teve mesmo de ser encerrada por falta de condições devido aos danos provocados pelas infiltrações no chão.

“Comprometemo-nos em tomar algumas medidas dentro daquilo que é o nosso âmbito de trabalho para melhorar as condições do dia a dia desta comunidade. Mas isto não vai resolver os problemas. É necessária uma intervenção de fundo”.