O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, testemunhou, a 11 de julho, a saída dos últimos 12 habitantes da Quinta da Parvoíce, um bairro de barracas que será demolido em breve, para dar lugar a novas habitações sociais e de renda acessível.
“Finalmente, Setúbal vai acabar com as barracas. É um momento muito importante para Setúbal, porque queremos que as pessoas vivam nas melhores condições de habitabilidade”, afirmou o presidente do município, que esteve acompanhado dos vereadores Carlos Rabaçal, das Obras Públicas, e Rita Carvalho, do Urbanismo.
André Martins sublinhou que “todos têm direito a uma habitação condigna” e que é para atingir esse “objetivo” da autarquia que o executivo está a trabalhar, com vista a criar um território “onde as pessoas tenham gosto em viver e tenham todas boas condições de habitabilidade”.
As pessoas que moravam na Quinta da Parvoíce “vão ficar todas bem alojadas” e aguardar que ali sejam construídos os edifícios de habitação pública “que estão previstos na Estratégia Local de Habitação que o município elaborou”, para depois poderem “regressar” ao bairro em “condições de habitabilidade adequadas à vivência humana”.
O autarca adiantou que as pessoas com quem falou manifestaram satisfação com a mudança das suas condições de habitação e “agradeceram o trabalho” que a autarquia tem feito na condução deste processo. “Naturalmente, ficam com a expectativa de um dia poderem voltar ao bairro já com as novas habitações.”
Com a saída dos últimos 12 habitantes da Quinta da Parvoíce, realojados temporariamente numa residencial, uma equipa de trabalhadores municipais emparedou imediatamente as respetivas casas, para evitar nova ocupação, enquanto na porta do bairro que dá para Estrada da Graça vai ser edificado um impedimento.
A demolição da Quinta da Parvoíce é iniciada a breve prazo, para depois ali nascer um bairro de habitação pública formado por habitações de renda apoiada, a construir pela Câmara Municipal (48 fogos), e de renda acessível, cuja edificação é da responsabilidade do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), no âmbito do 1º Direito/PRR, o qual tem como prazo de conclusão 31 de dezembro de 2025.
Esta intervenção está enquadrada no plano para a construção de um total de 530 habitações de renda apoiada e de renda acessível no concelho.
A Estratégia Local de Habitação de Setúbal abrange a requalificação de 3722 habitações ou alojamentos considerados indignos e cuja recuperação e modernização representa um investimento total de 191 milhões e 728 mil euros até 2030, no âmbito do programa 1.º Direito e com financiamento através no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
