Câmara de Setúbal apresenta votos de pesar pela morte da fadista Maria Madalena

A Câmara Municipal de Setúbal, apresenta dois votos de pesar, um da CDU e outro do PS, pela morte da fadista Maria Madalena, falecida a 6 de setembro, vítima de doença prolongada, expressando sentidas condolências à família e amigos.

“O executivo municipal lamenta a morte da fadista Maria Madalena, aos 78 anos, vítima de doença prolongada”, refere o voto de pesar da CDU, adiantando que “a fadista que ficou conhecida como ‘a castiça’, nasceu no Porto a 30 de dezembro de 1943, dedicou grande parte da sua vida ao fado, tendo sido proprietária de uma casa de fados no concelho de Palmela, na Quinta do Anjo”.

O espaço “A Castiça que “explorou com a amiga e sócia Fátima Brinca, era um local onde as fadistas eram convidadas a participar em longas noites e fado vadio”, acrescentando que Maria Madalena “foi também uma das vozes que marcou presença projeto ‘Fado por Setúbal”, até 2017, e algumas vezes na Feira de Sant’Iago a convite da Câmara Municipal de Setúbal”.

“Apesar de sempre gostar de cantar fado, desde cedo, foi quando veio para o sul do país que o fado começou a fazer parte dos seus dias e especialmente das suas noites, primeiro em Lisboa, depois em Setúbal e Pinhal Novo, onde residia desde 2012”, adianta o documento. “Com Deolinda de Jesus e Maria do Céu Freitas, Maria Madalena protagonizou o projeto Musical ‘As Três Marias’, que incluía fado, marchas populares e folclore. Conhecida pela sua boa disposição em palco, Maria Madalena assumia a sua preferência pelos fados mais alegres e era muito acarinhada pelo público”, conclui o voto de pesar da CDU.

Já o voto de pesar do PS, refere que “a castiça do fado, como era apelidada pelos seus pares, começou a cantar desde muito nova, revelando um talento nato e um gosto natural pelo fado”. “Tinha como grande ídolo Fernanda Maria, idolatrando a forma clara e percetível de dizer as palavras, aliás como Maria Madalena chegou a dizer: Eu sou como ela, explico tudo na pontinha da língua, com uma boa dicção, um bom dizer era a minha referência”, acrescenta o documento.

“A Maria Madalena enchia qualquer palco com a sua presença e forma de estar, quer pela boa disposição, quer pela frontalidade, mas sobretudo pelo seu talento e companheirismo”, concluiu, expressando as sentidas condolências a todos os que acompanharam até à última da hora como Fátima Brinca.