Câmara de Sesimbra preocupada com encerramento da Casa do Povo

A Câmara Municipal de Sesimbra manifesta “grande preocupação” com a a situação na Casa do Povo de Sesimbra, instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que encerrou a 1 de junho, deixando “cerca de centena e meia de utentes, entre crianças e idosos, sem qualquer solução e dezenas de trabalhadores, que já tinham salários em atraso, no desemprego”.

A autarquia está, neste momento, em conjunto com outras IPSS do município, “a fazer os possíveis por encontrar respostas”. “No caso do pré-escolar, sem vagas na rede pública, restam apenas opções de CATL. Por parte da Segurança Social não foi avançada qualquer solução até ao momento, remetendo-se a responsabilidade de resolução para a própria instituição”, refere o município, em comunicado.

“Sabe-se, no entanto, que a atual direção já não se encontra em funções, e a nova direção eleita não toma posse para não se associar às dívidas avultadas, que crescem há mais de oito anos. Com este cenário, não há sequer um interlocutor local válido com quem procurar uma solução”, adianta.

Segundo a autarquuia “a Casa do Povo de Sesimbra tem dívidas superiores a meio milhão de euros, acumuladas desde 2015, ano em que deixou de apresentar contas. As instalações estão a precisar de obras urgentes e é necessário contratar mais pessoal para garantir as respostas sociais a que se propõe”.

A Câmara Municipal de Sesimbra “não pode financiar de modo a garantir o funcionamento integral de uma instituição particular, nem assumir estas dívidas, no entanto, tem feito tudo o que está ao seu alcance para manter a Casa do Povo em funcionamento”.

A disponibilização de refeições e alimentos desde fevereiro de 2023, é o exemplo de uma medida de apoio tomada pela autarquia.

A Câmara Municipal continua, “como sempre esteve, disponível ao lado de pais, utentes e funcionários, para encontrar soluções imediatas possíveis e acompanhar o processo de modo a viabilizar o futuro da Instituição”, conclui.