Cais de Pesca do Montijo abre em Janeiro: Investimento superior a meio milhão de euros está praticamente concluído

 Os pescadores do Montijo podem contar com o novo cais dentro de um mês. O investimento de 600 mil euros, apoiado por fundos comunitários, vai servir uma comunidade de 16 elementos que pratica pesca de subsistência, garantindo as condições de segurança necessárias.

O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta revelou que a obra de construção do Cais de Pesca, na frente ribeirinha, “está praticamente concluída” e “deverá abrir em Janeiro”. A data de inauguração a anunciar será combinada entre a autarquia montijense e a SCUPA (Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense), promotora do projecto.

“Falta apenas resolver pequenas questões que ficaram de fora do enquadramento do financiamento comunitário, nomeadamente a iluminação pública e o abastecimento de água” que estão ser tratadas pelos Serviços Municipais de Água e Saneamento e pela EDP, salienta o edil, adiantando que “concluídas essas duas questões, estaremos em condições de abrir o cais”.

Nuno Canta sublinha que esta obra é “muito importante” porque “permite capacitar a cidade e dar competitividade ao território do Montijo, nesta área da pesca”.

O Cais de Pesca do Montijo representa investimento superior a 600 mil euros que conta com o financiamento de quase 495 mil euros do PROMAR (Programa Operacional Pesca 2013/2017) e um apoio de cerca de 114 mil euros, por parte da autarquia atribuído através de um protocolo celebrado com a SCUPA.

A infraestrutura destina-se a todos os profissionais locais que exerçam na pesca a sua actividade principal de subsistência, existindo neste momento 16. Actualmente, as embarcações de pesca encontram-se acostadas/fundeadas num cais provisório, sem condições de acesso e segurança, inexistindo instalações adequadas para a manutenção/reparação das embarcações e guarda dos aprestos de pesca.

O cais está dimensionado para a acostagem de 12 a 16 embarcações em simultâneo, incluindo uma rampa de varadouro para retirar e colocar as embarcações na água e, simultaneamente, efectuar a manutenção/reparações das embarcações. Terá ainda apoios individuais para guardar os aprestos de pesca assim como instalações sanitárias.

Esta obra inclui ainda a recuperação do Moinho de Maré do Meio que pertencia à propriedade da Quinta das Postas, da família Leite, em fronteira com a Quinta do Saldanha e a Quinta do Páteo d’Água. Aliás, está situado no meio do Moinho de Maré do Cais das Faluas, já recuperado, e o Moinho de Maré Velho.

De referir que no caderno de encargos entregue à ANA – Aeroportos de Portugal, como contrapartida da instalação do aeroporto low-cost na Base Aérea do Montijo, está prevista a construção de um passadiço em madeira, para uso pedonal e de bicicleta, ao longo dos muros da margem do rio, que ligará o centro da cidade ao Terminal Fluvial do Cais do Seixalinho, com uma ligação ao Saldanha.