Associação Setúbal Voz estreia ópera “1911, A Conspiração da Igualdade”

A Associação Setúbal Voz estreia no dia 1 de dezembro, a ópera “1911, A Conspiração da Igualdade”, a segunda de um tetralogia dedicada às constituições portuguesas, com música de António Victorino d’Almeida, no Fórum Municipal Luísa Todi.

O espetáculo, com direção artística de Jorge Salgueiro, tem apresentações nos dias 1 e 2 de dezembro às 21h00 e no dia 3 às 17h00.

O projeto envolveu cerca de sete dezenas de cantores, profissionais e amadores das diversas formações da Associação Setúbal Voz, concretamente Companhia de Ópera de Setúbal, Ateliê de Ópera de Setúbal e Coro Setúbal Voz.

“Tentei fazer música que, parece-me, se coaduna com o espírito e a estética pretendidos”, revelou durante um dos ensaios da peça o maestro, pianista e compositor António Victorino d’Almeida.

A obra recorda a luta pelo voto feminino no contexto da Implantação da República e do surgimento da Constituição de 1911, através de uma versão alternativa da história de Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher portuguesa a votar.

A adaptação da Associação Setúbal Voz envolve conspiração e romance entre Carolina Beatriz Ângelo e Luz de Almeida, republicano e fundador da Carbonária, organização secreta e armada ligada à Implantação da República.

Segundo o autor do libreto, Francisco Teixeira, “esta história é romanesca, uma vez que não houve romance entre Carolina Beatriz Ângelo e Luz de Almeida”, ambos pertencentes à Maçonaria.

A história é “contrafactual”, como refere Francisco Teixeira, já que “não houve conspiração da loja Humanidade [de Carolina Beatriz Ângelo] contra a loja Montanha [de Luz de Almeida], mas eles historicamente fizeram parte dessas lojas”.

O elenco é composto por Inês Constantino, Mariana Chaves, Ricardo Rebelo da Silva, Ana Filipa Leitão, João Merino, Diogo Oliveira, Néu Silva, Sara Brites, Célia Inês Nascimento, David Martins, João Rato, Maria Inês Beira, João Oliveira, Zuleica Ferreira, Patrícia Ferreira, Gonçalo Santos e Isabel Soares.

A entrada para o espetáculo custa dez euros, estando os bilhetes disponíveis no Fórum Municipal Luísa Todi e na BOL – Bilheteira Online.

Além de “1911, A Conspiração da Igualdade”, a tetralogia operática engloba “1822 – Mautempo em Portugal”, já estreada em julho, e “1976 – A Evolução dos Cravos” e “2030 – A Nova Ordem”, ambas a apresentar em 2024.