Ana Cristina Santos, presidente da Comissão das Festas Populares de São Pedro: “Acreditamos ter um cartaz e umas festas capazes de atrair milhares de pessoas”

Anjos (dia 25, às 22h30), Bárbara Bandeira (dia 27 às 22h00) Mariza, (dia 1 de julho às 22h00) e são os cabeças de cartaz das Festas Populares de S. Pedro que decorrerão de 25 de junho a 1 de julho, na cidade do Montijo. São sete dias de festa com 132 eventos que culminam com uma grande sessão de fogo de artifício e a queima do batel. A presidente da presidente da Comissão das Festas, Ana Cristina Santos, a primeira mulher a assumir este cargo, revela que as principais novidades são a instalação de uma bancada para assistir ao desfile das marchas populares e um palco novo na avenida dos Pescadores. O evento continua a apostar na tradição como as procissões fluvial e noturna, as largas e touradas e almoço da classe piscatória.

Florindo Cardoso

Setúbal Mais – Quais as principais novidades desta edição das festas?

Ana Cristina Santos – Este ano, uma das principais preocupações da Comissão de Festas foi melhorar as condições logísticas e de infraestruturas de alguns eventos das festas, para conferir melhores condições a quem participa, mas também a quem assiste. Nesse sentido, temos como novidade a existência de uma bancada para as pessoas poderem assistir ao desfile das marchas populares. Também no Palco da Avenida (localizado na avenida dos Pescadores) teremos um palco novo, para permitir mais condições de segurança aos artistas que vão atuar neste espaço. 

Setúbal Mais – As festas continuam a manter a tradição. O que destaca da programação?

Ana Cristina Santos – As Festas de S. Pedro são marcadas pelas tradições associadas ao bairro dos Pescadores e à classe piscatória, mas também à festa brava, dois aspetos da cultura e da identidade do Montijo, assim como de muitas outras terras vizinhas que partilham connosco a ligação ao rio e também ao campo. Assim, do lado das tradições associadas aos pescadores e a parte mais religiosa das festas, teremos as procissões fluvial e noturna e o almoço da classe piscatória. Do lado das tradições taurinas, haverá corrida de toiros, oito largadas, aula de toureio. Paralelamente, a estas duas áreas das festas, existem depois dezenas de eventos: no total serão mais de 130 eventos, durante sete dias. 

Setúbal Mais – A comissão apostou num cartaz de artistas diversificado. O objetivo é atrair vários públicos?

Ana Cristina Santos – Exatamente, o nosso objetivo foi ter um cartaz que possa ser transversal a todas as idades e tipos de música. Apostamos, no palco principal da zona ribeirinha, em três artistas sobejamente conhecidos (Anjos, Bárbara Bandeira e Mariza). No Palco da Avenida teremos artistas mais associados à música popular, como os Maxi e a Chave d’ Ouro. Depois temos também os restantes palcos (Praça da República, Quadrada, Dance Fusion e Arraial dos Pescadores) com diversos tipos de música e atuações de dança.

Setúbal Mais – Esta edição é marcada pela nova equipa da comissão de festas. Como tem sido o trabalho de preparação?

Ana Cristina Santos – A composição da Comissão de Festas este ano foi renovada com elementos novos, mas no essencial mantém a mesma equipa do ano passado. Tem sido um trabalho longo, desde o início do ano. São muitas horas semanais, muitas vezes fora do horário normal de trabalho, com sacrifícios pessoais e profissionais dos 14 elementos que compõem a comissão. É importante que fique frisado, que independentemente de muitos elementos da comissão serem funcionários da câmara, só é possível colocar de pé umas festas desta dimensão com o espírito de entrega, dedicação e entreajuda que tem existido por parte destas pessoas. 

Setúbal Mais – Um dos pontos realçados na apresentação das festas, é o envolvimento do movimento associativo. Qual a sua importância para o desenvolvimento da programação das festas?

Ana Cristina Santos – É imprescindível e fundamental. Boa parte dos mais de 130 eventos das Festas Populares de S. Pedro só são possíveis com o envolvimento do movimento associativo. São mais de 50 associações locais (e não só) que participam nestas festas, que nos ajudam a compor a programação das festas com diversidade e qualidade. Para além disso, a comissão de festas conta na sua composição com três associações que assumem um papel também ele fundamental na organização das festas: a SCUPA, a Tertúlia Tauromáquica do Montijo e o Motoclube do Montijo.  

Setúbal Mais – A comissão continua a apostar nas largadas e touradas. É importante manter essa tradição na programação?

Ana Cristina Santos – Não há Festas de S. Pedro no Montijo sem as tradições associadas à festa brava. É algo que faz parte do ADN desta terra e das suas gentes. São tradições que temos a obrigação de continuar a manter vivas e que atraem milhares de pessoas às nossas festas.  

Setúbal Mais – Quais as expectativas a nível de público para esta edição? 

Ana Cristina Santos – As nossas expetativas são elevadas. Acreditamos ter um cartaz e umas festas capazes de atrair milhares de pessoas, como tem acontecido nas edições anteriores. Se o São Pedro estiver também do nosso lado, temos a certeza que será uma edição de grande sucesso. 

Festas Populares de S. Pedro de 25 de junho a 1 de julho

Mariza, Bárbara Bandeira e Anjos prometem atrair milhares ao Montijo

Mariza, Bárbara Bandeira e Anjos são os cabeças de cartaz das Festas Populares de S. Pedro que decorrerão de 25 de junho a 1 de julho, na cidade do Montijo. São sete dias de festa com 132 eventos.

O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, salientou que “pela primeira vez na história da nossa terra, temos uma mulher à frente da comissão festas, Ana Cristina Santos, sendo simbólico”, na apresentação do evento que decorreu, a 4 de junho, no Jardim da Casa Mora, saudando todas as coletividades, associações e tertúlias que “fazem as nossas festas”.

Nuno Canta disse que “as nossas Festas Populares de S. Pedro estão vivas porque as tradições de borda de água e da classe piscatória também estão vivas” bem como “as nossas tradições religiosas em honra do santo pescador com as nossas majestosas procissões, a fluvial e a noturna, as arrematações, as evocações, as lavagens dos pés no Dia de S. Marçal, as largadas, as touradas e as esperas que muita gente não gosta, mas que continuamos a ter com orgulho porque representa o que é a alma do Montijo”.

O autarca considera que estas festas são “a celebração da vida, alegria, amizade, cultura e da tradição, mas sobretudo das nossas raízes, daquilo que temos como montijenses do mais profundo, fazendo-nos mais fortes e melhores como pessoas e povo”.

“Este programa é eclético e variado, destacando os três grandes concertos e o fogo de artificio final” disse ainda Nuno Canta, explicando que “com o concerto de Mariza fomos à raiz do fado e da alma portuguesa”, os Anjos que têm “uma ligação forte ao Montijo” e de Bárbara Bandeira”, uma das mais brilhantes estrelas pop do panorama musical nacional.

Já Ana Cristina Santos destacou que “são sete dias com 132 eventos, realizados com a colaboração imprescindível do movimento associativo, das associações, tertúlias e de outras entidades que há muitos anos participam nas festas”. “São mais de 50 associações”, disse a presidente da comissão de festas, explicando que com a escolha destes artistas “procuramos atingir um leque variado de públicos, desde os mais jovens, ao mais tradicional, agradando a toda a gente”.

A responsável anunciou como novidades a instalação de uma bancada para as pessoas assistirem ao desfile das marchas populares com “mais condições e dar mais dignidade aquele momento de apresentação” e um novo palco na avenida dos Pescadores, para resolver questões de segurança.

No final da apresentação foram distinguidas com a entrega de uma placa a quatro senhoras que têm apoiado sempre as festas, nomeadamente Manuela Cavaco, Manuela Vaz Silva, Helena Canastreiro e Anabela Barradas, fazendo as decorações em três dos pátios do bairro dos Pescadores.

As festas serão inauguradas oficialmente no dia 25 de junho às 19h00, frente ao edifício dos Paços do Concelho. Destaque para o concerto dos Anjos, pelas 22h30, no palco da zona ribeirinha.

No dia 27 de junho, é a vez de Bárbara Bandeira subir ao palco na zona ribeirinha. As festas encerram com o concerto de Mariza, a 1 de julho, às 22h00, seguindo-se a queima do batel e a sessão de fogo de artificio.