AML Alimenta quer chegar às populações, escolas e mercados

A reunião de trabalho sobre o projeto AML Alimenta, que está enquadrado no Plano Nacional da Alimentação Equilibrada e Saudável decorreu, a 30 de maio, no edifício-sede da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e serviu para operacionalizar as atividades de sensibilização, divulgação e promoção do projeto em mercados e escolas da região, que estão a ser trabalhadas pelos municípios e pelos agentes locais e regionais.


O AML Alimenta tem como objetivos principais a promoção da alimentação saudável e da dieta mediterrânica, e o combate ao desperdício alimentar, e está a ser desenvolvido, em parceria, pela Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia (A2S), Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal (ADREPES), Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT) e Área Metropolitana de Lisboa, com financiamento da Rede Rural Nacional.


As atividades nas escolas a nível dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos de ensino têm a colaboração de nutricionistas do laboratório de nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e dirigem-se aos responsáveis pelas cantinas escolares e professores e funcionários das atividades de tempo livre. O projeto nas escolas contará com sete técnicos especializados, e acompanhamento e monitorização de resultados.


O trabalho com os professores e associações de pais inclui sessões assíncronas, em contexto de trabalho e programas de capacitação presenciais. O trabalho com as equipas das cantinas escolares consiste em sessões teóricas e práticas in loco.


Para além das escolas, está também programada a realização de inquéritos, práticas de caracterização e ações de capacitação em 26 mercados locais nos 18 municípios da área metropolitana de Lisboa, abrangendo produtores e gestores.


Nas ações será disponibilizada informação ao consumidor sobre os locais de venda de produtos locais e em circuito curto de comercialização, e promovida a produção local e os produtores que comercializam a própria produção. Serão, também, dadas competências aos gestores dos mercados para salvaguardar a origem e a qualidade da segurança alimentar.


O objetivo é disponibilizar informação ao consumidor sobre os locais onde pode ser adquirida produção local, diretamente ao produtor, bem como a identificação, a caracterização, garantia da origem e a qualidade dos produtos neles disponibilizados. Está também prevista a organização do fórum “Produção local e comercialização de proximidade”.


O acordo de parceria que viabilizou o projeto AML Alimenta foi aprovado no âmbito do Conselho Metropolitano de Lisboa, numa reunião que decorreu no dia 28 de abril de 2022, na sede da Área Metropolitana de Lisboa, e surgiu na sequência de trabalhos desenvolvidos na Rede de Parques Agroalimentares da AML que conta com cerca de 30 parceiros (autarquias, agências da administração central, universidades, associações de promotores, cooperativas e ONG), e coordenada pela Área Metropolitana de lisboa, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.


O AML Alimenta que abrange os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa, e decorrerá até maio de 2024, tem um orçamento de 250 mil euros.


A AML já trabalha as questões da sustentabilidade e transição alimentar desde 2019, ano em que elaborou, em conjunto com a CCDRLVT a Estratégia Regional Lisboa 2030, e identificou como dimensão prioritária a Sustentabilidade Ambiental e Alimentar.