Alexandrina Pereira lança “Sebastião Fortuna – o pintor de sonhos”: “Um homem simples, detentor da mais profunda capacidade de tudo amar”

Alexandrina Pereira lançou o livro “Sebastião Fortuna – o pintor de sonhos”, a 16 de fevereiro, no Espaço Cidadão, em Palmela, numa cerimónia que contou com a presença de cerca de três dezenas de pessoas. Participaram o presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Jorge Mares, vereadores do executivo camarário, o presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado, Eugénio Fonseca, familiares e amigos de Sebastião Fortuna.


De referir que decorreu uma segunda apresentação, a 5 de março, na Junta de Freguesia da Quinta do Anjo também participativa.


A obra de cariz solidário, que contou com o apoio das juntas de freguesia de Palmela e da Quinta do Anjo e da Câmara Municipal de Palmela apresenta 25 fotografias, da autoria de Paulo Alexandre Ferreira, de quadros de Sebastião Fortuna acompanhados de 25 poemas de Alexandrina Pereira, com a particularidade de ter um verso com o mesmo título que o pintor dá a cada uma das suas obras.


Para Alexandrina Pereira, Sebastião Fortuna, é “um homem simples, detentor da mais profunda capacidade de tudo amar, quer seja uma tela, um azulejo, o barro, uma árvore, uma criança ou um simples insecto, diz na sua genuína humildade que ‘apenas quero que gostem de mim como eu gosto de tudo e de todos’ e pede apenas que o deixem ser assim: um sonhador”.


Para a poetisa, esta personalidade é “o pintor de alma transparente, quer exprime todos os sentimentos de uma forma tão natural mostrando que ainda tem dentro dele uma alma de criança”, sublinhando que Sebastião Fortuna “teima em não se vergar perante as dificuldades que a vida lhe apresenta, cai mas logo se levanta e fá-lo com uma determinação invulgar, tão invulgar como a sua capacidade para criar beleza e arte em tudo o que toca e com uma permanente naturalidade dizer aos outros que das coisas mais simples podem nascer maravilhas capazes de tornar as nossas vidas num momento de felicidade”.


“Sebastião Fortuna é o mestre de todas as artes que nos ensina a arte suprema de amar e perdoar”, refere ainda a autora que manifestou o desejo das verbas resultantes da venda do livro sejam usadas para o ajudar nesta “fase menos feliz da sua vida”.

Alexandrina Pereira lembra que o projeto remonta a 2010, quando Sebastião Fortuna realizou uma exposição na igreja de São João, em Palmela, e pediu a Paulo Alexandre Ferreira que fotografasse os 50 quadros. “O sonho ficou em arquivo porque outras coisas surgiram”, lembra, considerando agora a altura certa para avançar devido “ao rude golpe que a vida de Sebastião Fortuna levou”.


Sebastião Fortuna, emocionado com esta cerimónia agradeceu o gesto de solidariedade dos presentes, lembrando que é cristão e pede paz e que os homens se entendam.

Para o presidente da junta de freguesia, Sebastião Fortuna, é “um homem invulgar, com uma personalidade diferente, sabe de tudo, tem sido um homem solidário toda a vida”, e “estamos aqui a manifestar a nossa disponibilidade para os ajudarmos a cumprir a sua vida”. “É um pinto, um filósofo, um poeta, um amigo, um solidário, um grande amigo que não criou fronteiras nem barreiras com ninguém, é um homem de pontes, de construtor de amizades e de solidariedade”, disse o autarca.

Eugénio Fonseca elogiou o papel solidário de Sebastião Fortuna. “Tem nome de Sebastião que foi um mártir, e depois Fortuna, o que parece ser uma contradição, mas foi uma fortuna para a igreja pelo empenho que teve, fiquei espantado com o seu esforço e os valores que defendia”, recordou.

Florindo Cardoso