Utentes do Litoral Alentejano denunciam situação grave na região

A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano que reuniu no dia 13 de Novembro, com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (LSLA), e denuncia “situação grave na região” como a “a falta de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e operacionais, técnicos de diagnóstico e terapêutica, entre outros)” e “tempos máximos de resposta garantidos acima da lei”.

A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano que reuniu, a 13 de novembro, com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (LSLA), e denuncia “situação grave na região” como a “a falta de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e operacionais, técnicos de diagnóstico e terapêutica, entre outros)” e “tempos máximos de resposta garantidos acima da lei”.

Nos cuidados de saúde primários, a Coordenadora lembra que “cerca de 25 mil utentes sem médico de família e “faltam 100 enfermeiros em toda a Unidade Local de Saúde, (hospital e centros de saúde)”. Neste momento a Extensão de Saúde da Comporta (Alcácer do Sal) está “sem médico”, a deslocação de médicos às extensões de saúde “só uma vez por mês”, como é o caso do Canal Caveira (Grândola), “há médicos à beira da idade da reforma, e o conselho de administração “não tem nenhum plano para a sua substituição” e “os médicos de família vão continuar a ser substituídos por médicos sem a especialidade de Medicina Geral e Familiar”.

Os utentes denunciam, ainda que os centros de saúde e as extensões de saúde vão “continuar degradadas, sem data para projeto ou início de obras”, dando como exemplos Alcácer do Sal, Vila Nova de Milfontes (Odemira), Vila Nova de Santo André (Santiago do Cacém) e Santiago do Cacém.

Nos Cuidados de Saúde Hospitalares, a Coordenadora alerta que no Hospital do Litoral Alentejano (HLA) “continuará a existir apenas um médico reumatologista para mais de 100 mil utentes”. “Há utentes, no HLA, à espera de uma consulta de ginecologia com cerca de 400 dias, e há espera de uma cirurgia de urologia com cerca de 300 dias, entre outras especialidades”, adianta a Coordenadora, acrescentando que “as empresas de trabalho temporário irão continuar a fornecer médicos para os diversos cuidados de saúde, os utentes irão continuar a percorrer mais de 300 km para realizarem alguns exames, como é por exemplo a ressonância magnética e os bebés no Litoral Alentejano irão continuar a nascer na berma da estrada”.

Os utentes exigem “médico e enfermeiro de família para todos, e redução do número de utentes de 1.900 para 1.500 utentes por cada médico de família”, obras de reabilitação nas diversas extensões de saúde ou novos edifícios como é o caso da extensão de saúde de Vila Nova de Milfontes (Odemira)”, reabertura de novas extensões de saúde e do Serviço de uma Consulta Aberta para Agudos (“SAP”) no Centro de Saúde de Grândola, 24 horas, colocação de médico de família e enfermeiro de família, no mínimo uma vez por semana, nas diversas extensões de saúde.

A implementação de condições para a realização de exames complementares de diagnóstico, nomeadamente colheitas de sangue em todos os centros de saúde e extensões de saúde da região com a contratação de técnicos de diagnóstico e terapêutica, a contratação de profissionais de saúde em número suficiente para as necessidades existentes, a adoção de medidas que atraiam profissionais de saúde para esta zona, reabertura de todas as camas no HLA são outras reivindicações.