O Teatro Estúdio Fontenova estreou, a 17 de novembro, a peça “Barbo, salvar Gaia rumo a Yod”, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, num espetáculo excelente, com luz, cor e música, que transmite uma mensagem forte sobre o futuro da humanidade, onde alerta-se para a preservação da natureza e do planeta Terra.
A encenação de José Maria Dias, cria uma dinâmica em palco, prendendo o espetador ao desenvolvimento da história, com boas interpretações de Clara Passarinho, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias, João M. Mota e Patrícia Paixão. Há ainda interpretação vídeo com Ana Guerreiro, Bruno Gomes, Carlos Rocha e Sara Túbio Costa.
No final do espetáculo, com todos os elementos em palco, José Maria Dias disse que é “sempre uma comemoração quando estreamos um novo trabalho” e esta produção “dá para refletir”. “Pensem um bocadinho naquilo que viram”, adianta o encenador, agradecendo a toda a equipa pela “generosidade com que se entregaram a este trabalho”.
O Teatro Estúdio Fontenova é cada vez mais uma referência cultural, apresentando produções de grande qualidade, com uma estética própria, apostando em textos interessantes, carregados de mensagens à sociedade.
A peça parte do conto de ficção científica “Barbo”, de Natália Correia, publicado em 1968, mas trata-se de um texto original de Armando Nascimento Rosa, cuja obra é lançada hoje, 18 de novembro, pelas 16h00, na Livraria Culsete. O autor salienta que “o conto da Natália Correia foi a motivação para esta aventura, uma inspiração”, lembrando que “há um lado visionário neste conto”. “Estou muito feliz por ter esta complexidade extraordinária com o Teatro Estúdio Fontenova”, concluiu.
A atual emergência climática, a crise de recursos vitais que sustentem a população humana, a disfunção das sociedades e a ameaça bélica de destruição do planeta aliados à interrogação sobre a existência de civilizações inteligentes no cosmos são realidades atuais que já estavam presentes na fábula original e futurológica de Natália Correia, obra escolhida pelo Teatro Estúdio Fontenova para assinalar o centenário de nascimento da autora.
A peça centra-se em Barbo, a pessoa escolhida para empreender uma viagem espacial ao encontro do planeta Yod, no coração da galáxia, habitado por uma cultura tecnologicamente mais avançada do que a humana, os yodetas, com os quais Barbo conta colher ensinamentos para combater a situação ambiental na terra que põe em causa a sobrevivência da espécie humana.
Com música original de João M. Mota, a peça tem cenografia de Ricardo Guerreiro Campos e figurinos de Zé Nova. O desenho de luz é de José Maria Dias e Ricardo Batista, a sonoplastia de Emídio Buchinho e o vídeo de Leonardo Silva.
A peça vai estar em cena até dia 26 de novembro, com sessões de quarta-feira a sábado, às 21h00, e, ao domingo, às 16h00. No dia 21, às 11h00, há uma sessão para escolas.
