Presidente Nuno Canta salienta “importância significativa” da Adega de Pegões na economia do Montijo

O Museu Agrícola da Atalaia foi o palco, a 23 de outubro, da cerimónia de entrega dos certificados dos prémios de mérito relativos às nove medalhas de ouro conquistadas pela Adega Cooperativa de Santo Isidro de Pegões, no 3.º Concurso Cidades do Vinho, que decorreu de 5 a 7 de maio, no Douro. Uma sessão que contou com a presenças dos presidentes da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, da Adega Cooperativa de Santo Isidro de Pegões, Mário Figueiredo, da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, Henrique Soares, dos presidentes das juntas de freguesia da Atalaia e Alto Estanqueiro, Manuel Maria Ferreira Honório, e do Montijo e Afonsoeiro, Fernando Caria, e do enólogo Jaime Quendera, entre outros convidados.

Presidentes do município do Montijo e da Adega de Pegões acompoanhados do enólogo Jaime Quendera

Mário Figueiredo disse que “estes prémios são o reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser feito ao longo dos anos”, sublinhando que “a Cooperativa de Pegões é a maior produtora das adegas do país, a nível de faturação e a que mais vende vinho engarrafado da península de Setúbal”.

O enólogo da Adega de Pegões, Jaime Quendera, considera que “temos estes prémios todos pela qualidade das uvas que aqui se produzem”, salientando que “temos uma região abençoada”. “Temos a sorte de estarmos numa região com qualidade, com sol, água, com os dois estuários do Tejo e do Sado, e estamos perto do mar, dando a vantagem que nos dias quentes de julho e de agosto, está calor, mas não tanto como no Alentejo, porque temos a brisa fresca do oceano e isso faz a diferença”.

“Temos a vantagem de produzir em quantidade com qualidade com custos mais baixos e isto em termos económicos é fundamental porque traz uma vantagem competitiva, e felizmente traz um futuro para a viticultura desta região”, conclui o enólogo.

O presidente da Câmara Municipal do Montijo lembrou que “a Adega de Pegões é uma das maiores cooperativas do país, e isto é feito por muita gente”, desde o enólogo, empresários e agricultores desta região.

“Quero cumprimentar o presidente da adega cooperativa e a sua equipa pela ambição e trabalho” e Jaime Quendera, um “enólogo de excelência” disse o edil, frisando que este “tem feito um trabalho extraordinário, à frente da Cooperativa Agrícola de Pegões”. “O Jaime Quendera tem um saber, que vem de família, de fazer um bom vinho”, disse o autarca, lembrando que também, “é preciso ter um bom território” e produzir em quantidade e qualidade.

Para Nuno Canta, esta cerimónia constitui “um ato de reconhecimento a todos os montijenses que fazem da vinha e do vinho a sua vida, aos agricultores da nossa região, técnicos, enólogos, empresários e aos trabalhadores da própria cooperativa”.

“É o território e a cultura da vinha e do vinho que são reconhecidos” bem como “os saberes e experiências”, recordando que esta cooperativa tem “uma importância significativa na nossa base económica” porque já é “uma agroindústria que transforma as uvas em vinho e num produto praticamente vendido em todo o mundo, exportando a nossa cultura e a tradição do povo do Montijo para essas terras”. “O nosso futuro está na agricultura e a Cooperativa de Pegões é um orgulho para nós”, conclui.

Recorde-se que o 3.º Concurso Cidades do Vinho, uma organização conjunta da Associação de Municípios Portugueses do Vinho e da Associação das Rotas dos Vinho de Portugal, juntou cerca de 40 provadores que avaliaram cerca de 400 vinhos. O concurso valoriza a cultura do vinho, vinho de qualidade e os territórios onde são produzidos. Nesta edição foram medalhados 151 vinhos de várias regiões do país, dos quais 34 receberam a Grande Medalha de Ouro e 117 Medalhas de Ouro.

A Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões foi a mais premiada da região da península de Setúbal, com 9 vinhos distinguidos com Medalhas de Ouro. “Sobreiros de Pegões, Branco, 2022” recebeu a Grande Medalha de Ouro. Com Medalha de Ouro foram premiados: “Fontenário de Pegões”, tinto, 2016”; “Encosta da Arrábida, Moscatel Roxo, 2022”; “Adega de Pegões, tinto, 2018”; “Encosta da Arrábida, tinto, 2021”; “Encosta da Arrábida, branco, 2022; “Rovisco Pais, tinto, 2021”; “Alto Pina, branco, 2022”; “Vinhas de Pegões, tinto, 2019”.