Os órgãos sociais da Misericórdia de Setúbal, incluindo o provedor Cardoso Ferreira, tomaram posse a 11 de janeiro, na Igreja do Convento de Jesus.
Na cerimónia, a vice-presidente do município de Setúbal, Carla Guerreiro, sublinhou que o momento era “muito importante para a cidade”, por se tratar da “renovação de um compromisso de todos aqueles que, de uma forma abnegada, dão da sua vida para se poderem dedicar” a “uma obra centenária”.
Depois de salientar que são “muito importantes todas as valências e o acompanhamento” que a Santa Casa da Misericórdia de Setúbal faz às pessoas, “em particular às pessoas idosas”, Carla Guerreiro manifestou a disponibilidade da Câmara Municipal para ser “um parceiro” para “aquilo que eventualmente seja de realizar”.
Ao iniciar mais um mandato como provedor da Misericórdia de Setúbal, Fernando Cardoso Ferreira, de 75 anos, advogado e antigo deputado do PSD, frisou que estas instituições vivem “há muitos anos sérias dificuldades de sustentabilidade financeira”, as quais “têm vindo a agravar-se de forma alarmante”, devido ao “aumento dos custos de funcionamento, desde a pandemia e a seguir com a inflação”, sem que o Estado comparticipe de forma “correspondente” nos custos.
O provedor referiu que a Misericórdia, entre os vários serviços que presta, tem quatro lares com 268 residentes, com uma média de idades superior a 80 anos, e presta apoio domiciliário diário a 130 utentes, 90 dos quais 24 horas por dia.
“Queremos publicamente salientar o empenho do presidente da câmara e dos vereadores Pedro Pina e Rita Carvalho, que permitiu a aprovação do projeto urbanístico em tempo, escasso, aliás, de a Misericórdia poder concorrer ao PRR”, salientou, referindo-se à requalificação do Lar Dr. Paula Borba.
Além de Fernando Cardoso Ferreira, que lidera a Mesa Administrativa, os restantes órgãos sociais da Santa Casa de Setúbal continuam a ser presididos por Pedro Conceição (Definitório) e Vítor Rosa Pereira (Assembleia Geral).
De referir que Cardoso Ferreira é provedor da Misericórdia de Setúbal há mais de de duas décadas.
