História de sucesso: Adega de Palmela celebrou 62 anos

A Adega Cooperativa de Palmela celebrou, no dia 27 de Setembro, o 62.º aniversário. Para assinalar a efeméride, realizou uma acção com alguns convidados, proporcionando a experiência de vindimar e dar a conhecer todo o processo que é realizado até ser obtido o produto final, no âmbito da época das vindimas.

A forte aposta nos engarrafados em detrimento do vinho a granel e a a modernização da sua imagem, traçaram um novo rumo marcado pelo rejuvenescimento e ascensão da marca. Em 2016 um conjunto de investimentos de dois milhões de euros permitiram a modernização do sistema de recepção da uva e fermentação, aumentando a capacidade em cerca de 20%, para 400 toneladas por dia.

A Adega Cooperativa de Palmela criou um novo logótipo com ícones que fazem parte da identidade da marca, contam a história da região e a verdadeira origem das vinhas de Palmela. Também os rótulos das garrafas sofreram uma alteração e passaram a enaltecer locais e monumentos da região, com a assinatura “vinhos que contam histórias”, a partir da silhueta única da vila de Palmela.

Para o presidente da Adega de Palmela, José Manuel Coutinho, “os efeitos têm sido recompensadores”, frisando que “temos conquistado muitos prémios e, este ano, já duplicámos os que tínhamos conquistado no ano anterior. “Posso mesmo dizer que é o nosso melhor ano de sempre e tenho a certeza de que, para o próximo ano, vamos voltar a aumentar o número de prémios, porque estamos a ter um ano excelente em termos de qualidade das uvas, que estão a dar entrada na nossa adega”, sublinha o responsável.

“Podemos afirmar que neste momento temos a melhor relação qualidade/preço no mercado. As vendas apresentaram uma subida de 20% em 2016 (face a 2015) e, ao que tudo indica, este ano vai haver também uma subida 20% em relação a 2016”, concluiu José Manuel Coutinho.

Luís Silva, enólogo e gerente da adega, realça “a importância da organização, do planeamento rigoroso de todas as tarefas e de um conhecimento profundo dos 1000 hectares de vinhas dos associados”. “Obviamente, as condições intrínsecas da região são outra das chaves da qualidade destes vinhos”, afirma, adiantando que “apesar de incentivarmos a plantação de algumas castas melhoradas ou diferenciadoras, queremos sempre preservar o Castelão como casta principal, para mantermos essa tipicidade que tanto se procura”. “Nos vinhos brancos, o concelho de Palmela é também uma área de excelência para a produção desse grande ex-libris da Península de Setúbal que é o Moscatel”, acrescenta.

A adega de Palmela é uma referência junto dos produtores da região, reunindo 300 associados, 1.000 hectares de vinha, com produções calculadas em 10 milhões de quilos de uva e 8 milhões de litros de vinho.