Entrevista com Gonçalo Fernandes, do Vision Ensemble: “O grupo tem tudo para continuar”

Vision Ensemble é o nome de um novo grupo musical que acaba de surgir em Setúbal, constituído por seis elementos. A estreia aconteceu durante o Eurovision Live Concert com rasgados elogios e aplausos do público pela grande qualidade demonstrada. O Jornal Setúbal Mais entrevistou Gonçalo Fernandes, porta-voz da nova formação, que revelou já terem recebido vários contactos e oportunidades de novos concertos.

 

Florindo Cardoso

 

Setúbal Mais – Como surgiu  a ideia de formar os Vision Ensemble?

Gonçalo Fernandes – Tudo começou quando o Guilherme Santos me fez um convite para participar no Eurovision Live Concert que decorreu nos dias 11 e 12 de Setembro na Casa da Cultura e no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal. Surgiu assim a ideia de juntar um grupo de amigos para este fim, tornando me assim no líder natural do grupo.

S.M. – Como foi feita a constituição da vossa equipa de músicos?

G.F. – Este grupo é constituído por seis músicos, todos ex-colegas do mesmo conservatório. Eu como “cabeça” do grupo quis formar algo pouco convencional e que pudesse ser versátil. Deste modo pensei em integrar o meu irmão, saxofone, e ter ao mesmo tempo um acompanhamento de cordas. Daí a formação do quarteto, e depois juntei o piano, porque consegue ser um excelente ponto de união entre todos os instrumentos.

S.M. – Fale um pouco dos músicos…

G.F. – Somos todos oriundos de Setúbal com idades compreendidas entre os 18 e os 20 anos. Eu, Gonçalo Fernandes ao violino e o Diogo Fernandes ao saxofone estudamos na Escola superior de Artes Aplicadas, em Castelo Branco, no curso de música, variante de instrumento. A Sara Ximenes, ao piano, sob a vertente de direcção coral, e Marco Madeira, ao violoncelo, na variante de instrumento, frequentam o curso de música na Escola Superior de Música de Lisboa. A Rita Nunes, ao violino, frequenta o curso de música sob a vertente de instrumento e Catarina Domingues, na viola d’Arco, está no curso de Medicina Veterinária, ambas na Universidade de Évora.

S.M. – Como foi a experiência de actuar na Casa da Cultura e no Fórum Municipal?

G.F. – O concerto na Casa da Cultura, no dia 11 de Setembro, foi excelente em diversos sentidos. Todos nós já tocamos há vários anos, mas juntos, como grupo, foi a primeira vez, sendo por isso uma experiência marcante. Foram duas semanas de ensaios bastante intensos e, penso que, com o pouco tempo que dispúnhamos realizámos um trabalho muito bom. Os arranjos foram feitos por mim e também tiveram a sua parte de dificuldade. No Fórum Municipal no dia 12 de Setembro, foi, mais uma vez, uma grande surpresa, tanto para nós artistas como para o público. Não esperávamos um feedback tão positivo. Uma experiência diferente, no bom sentido, e a repetir, claro.

S.M. – Estes concertos são para continuar?

G.F. – Sim. Os Vision Ensemble tiveram uma excelente recepção do público. Surgiram muitos contactos e oportunidades de trabalho futuras. O grupo tem tudo para continuar: caras bonitas, jovens, talento, esforço e uma vontade de mostrar trabalho muito grande. Já estamos a organizar possíveis concertos futuros, mas por agora não posso dizer mais.