Câmara de Setúbal encerra zona ribeirinha e acesso à praias da Arrábida

A Câmara Municipal de Setúbal vai proceder ao encerramento da zona ribeirinha da cidade e da estrada de acesso às praias, pela serra da Arrábida, aos acessos pedonais e a todo o tipo de veículos, a partir das 00h00 de 2 de abril, como medida de restrição especial para impedir ajuntamentos de pessoas.

Segundo a autarquia sadina “a decisão, tomada no âmbito do recente acionamento do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Setúbal, verifica-se na ex EN 379-1 entre o Outão e o cruzamento com a EN 379 -1 (Pinheiro), mais nas avenidas Jaime Rebelo e José Mourinho e no Parque Urbano de Albarquel, bem como em todos os parques de merendas do concelho, excetuando-se desta proibição de circulação os moradores, os trabalhadores na zona e os veículos devidamente autorizados”.

“O objetivo é garantir o afastamento das pessoas neste período da Páscoa que se aproxima, que têm tradicionalmente o hábito de se juntarem em parques e praias”, explica Carlos Rabaçal, vereador da Proteção Civil na Câmara Municipal de Setúbal, adiantando que “pretendemos também garantir que as forças de segurança possam executar o seu trabalho de forma mais efetiva”.

Estas novas medidas tomadas no concelho no âmbito da contenção da infeção e contaminação da Covid-19 foram anunciadas hoje, 30 de Março, numa reunião, feita por videoconferência, da Comissão Municipal de Proteção Civil de Setúbal, com a participação de representantes de diversas entidades, que analisou ainda questões de âmbito de segurança social e saúde pública.

As necessidades específicas quanto às realidades dos lares de idosos e outros espaços residenciais de carácter social dos estabelecimentos prisionais foram um dos assuntos abordados, assim como as possíveis parcerias entre entidades de forma a aumentar a capacidade de resposta face a casos de suspeita ou confirmados de Covid-19, nomeadamente em termos de alojamento de retaguarda.

A linha criada pelo município sadino para apoio à entrega domiciliária de bens alimentares e medicamentosos à população de risco, com o registo de 102 pedidos até à data, originou um alerta sobre um aumento crescente de pessoas em carências financeiras extremas, decorrente dos problemas gerados pelas situações de perda de emprego ou da capacidade de autofinanciamento.