Maria das Dores Meira, candidata independente à presidência da Câmara Municipal de Setúbal, acusa os seus adversários políticos de “ataque vil e cobarde” e de “campanha suja”.
Em causa estão as notícias publicadas hoje, 29 de agosto, no jornal Público de que o Ministério Público está a investigar despesas de 103 mil euros feitas com cartão de crédito do município sadino, entre 2017 e 2021 (último mandato) para o pagamento de passagens aéreas (20 em 27 meses), hotéis e refeições no estrangeiro e ainda um alegado recebimento indevido de 73 mil euros de ajudas de custos por utilização do próprio veículo. Maria das Dores Meira tinha à sua disposição dois automóveis com motoristas do município que decidiu não usar.
A ex-presidente da Câmara de Setúbal disse ao jornal que o seu mandato “foi pautado pela legalidade, transparência e escrutínio” e que os cartões eram também usados pelos serviços municipais.
Maria das Dores Meira, afirma, na sua página oficial do Facebook, denuncia “a fórmula usada pelos adversários. “Faz-se uma denuncia anónima sobre a minha pessoa, onde são partilhados documentos fora de contexto e sem documentação de suporte, para ser aberto um inquérito. Envia-se, também de forma anónima, os tais ‘documentos’ para os jornais. Lança-se a suspeita e abre-se caminho à especulação em praça pública. O objetivo? Manchar o meu nome e condicionar-me”.
A candidata esclarece que “viajei oficialmente, sempre acompanhada, e em representação de Setúbal, particularmente quando tínhamos a presidência do Clube das Mais Belas Baías do Mundo – que tanto prestígio e turismo trouxe à nossa terra; os cartões eram de uso partilhado entre vereadores, chefias e técnicos, não de meu uso pessoal, e eram utilizados para resolver situações urgentes para que Setúbal não ficasse estagnada; utilizei o meu carro pessoal, ao longo dos quinze anos à frente da autarquia, sempre que fez sentido do ponto de vista de gestão de pessoas, de tempo e de recursos. Tudo devidamente documentado, numa câmara municipal que foi palco de várias vistorias e auditorias durante a minha presidência”.
Maria das Dores Meira sublinha que “a política deve ser feita com a devida elevação”, assegurando que “não sujarei as mãos com este tipo de jogadas obscuras” e “não descerei ao nível dos meus adversários políticos”, esperando que os cidadãos saibam distinguir “quem tem o propósito de construir e trazer de volta a dinâmica de progresso que a nossa terra merece”.