Volkswagen Autoeuropa: Novo SUV lançado em Agosto de 2017

Volkswagen Autoeuropa

Novo SUV lançado em Agosto de 2017

João Vasconcelos e Thomas Ulbrich, membro do Conselho de Administração da Volkswagen com responsabilidade pela Produção e Logística, anunciaram que a Volkswagen Autoeuropa fabricará a partir do segundo trimestre de 2017 um SUV compacto, assente na plataforma MQB, que será conhecido em Março no célebre Salão de Genebra.

O responsável que falava na cerimónia evocativa do 25.º aniversário da instalação da fábrica em Palmela, no passado dia 9 de Dezembro, que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, disse ainda que este modelo será um elemento chave na ofensiva da marca no segmento SUV.

“A fábrica de Palmela desempenhará um importante papel na nossa ofensiva no segmento SUV”, garantiu Thomas Ulbrich. “A Volkswagen Autoeuropa é a equipa certa para construir o novo SUV compacto da Volkswagen” e “a fábrica constrói tanto carros desportivos como veículos espaçosos, ambos apreciados por muitos clientes em todo o mundo”, explicou, frisando que “isto só é possível com esta equipa. “A produção automóvel é um desporto de equipa”, disse Thomas Ulbrich no seu discurso”, conclui.

Já Miguel Sanches, director-geral da Volkswagen Autoeuropa, salientou o papel essencial que os colaboradores da fábrica desempenharam ao longo de 25 anos, assim como a colaboração que sempre existiu com o Grupo Volkswagen e o Estado português: “Nesta caminhada, temos contado sempre com a confiança do grupo Volkswagen e o apoio do Estado português mas neste ambiente de diálogo e cooperação, nada teria sido possível sem os nossos colaboradores”.

Desde o início da produção, em 1991, 2.3 milhões de veículos partiram da linha de produção da unidade de Palmela. Além da produção de carros, a Volkswagen Autoeuropa exportou 5.6 milhões de peças prensadas e ferramentas para o Grupo Volkswagen. Com 3600 colaboradores, a Volkswagen Autoeuropa é o maior empregador no sector industrial e electrónico e continua a ser o maior investimento directo estrangeiro no país.

Nesta cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, estiveram em sintonia, no agradecimento ao Governo de Cavaco Silva, sobretudo ao então ministro da Indústria, Mira Amaral, pela visão que permitiu instalar a Autoeuropa em Portugal há 25 anos.

António Costa salienta que a empresa “tem sido um exemplo de como a formação e qualidade dos recursos humanos é a chave da produtividade da economia”, considerando que “quem investe em formação sabe que o bem mais precioso que tem é qualidade dos seus quadros”, o que “é incompatível com a precariedade”. O primeiro-ministro destacou ainda que o modelo de diálogo social da Autoeuropa “tem sido uma das chaves de sucesso” da empresa, ideia que foi depois secundada por Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o chefe de Estado, é um somatório de factores – como a escolha do parceiro adequado, a aposta de regime e o diálogo social, e a formação – que fez da empresa “um exemplo de sucesso nacional”.

Com total convicção na estabilidade da empresa, mas também na estabilidade governativa, Marcelo Rebelo de Sousa revelou a promessa que tinha feito juntamente com António Costa, de voltarem os dois a estar juntos em Palmela em Agosto de 2017, para conduzirem o novo modelo do carro que está a ser fabricado naquelas instalações e tirar uma foto com todos os trabalhadores da empresa.

 

Fábrica instalada há 25 anos em Palmela

Autoeuropa ajuda a desenvolver a região de Setúbal

A primeira pedra da unidade da Autoeuropa, em Palmela, lançada há 25 anos, deu origem à maior fábrica de automóveis em Portugal, que se tornou fundamental para o desenvolvimento económico da região de Setúbal e do país. Representa 1% do Produto Interno Bruto e 4% das exportações nacionais.

A Autoeuropa atraiu também para a região de Setúbal empresas estrangeiras como a Schenellecke, Bentler, SAS Automotive Systems, Vanpro, Action e Wheels, e as portuguesas Palmetal e Inapal Plásticos, entre muitos outros fornecedores e prestadores de serviços, e funciona como facto dinamizador do pequeno comércio local e uma fonte importante de receita para a Câmara Municipal de Palmela através da derrama.

O presidente da autarquia palmelense, Álvaro Amaro, considera que “a Autoeuropa teve um impacto, do ponto de vista do desenvolvimento económico, muito importante, não só pela criação de emprego, mas também pelo valor que acrescenta, em termos de derrama. Para nós, o essencial foi o contributo para a transfiguração do concelho, que era eminentemente um concelho rural”, afirma o edil.

A Autoeuropa também traz vantagens para o pequeno comércio perto da unidade industrial, como reconhece Vanessa Simões, proprietária do “Café Simões”. “Quando nos instalámos já havia Autoeuropa, mas temos noção de que vêm cá alguns grupos, que recorrem a este café por haver a Autoeuropa”, disse. Uma opinião corroborada pelo proprietário do restaurante “Tasquinha Alentejana”, David Bizarra, que só abriu o estabelecimento devido à presença da Autoeuropa. “Há muitos camionistas que vêm trazer mercadorias e vêm almoçar ao nosso restaurante”, afirma.

O coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, António Chora, realça que “trabalham para a Autoeuropa, directa ou indirectamente, cerca de 8.000 pessoas, de norte a sul do país”, adiantando que “pelos dados que temos, a Autoeuropa vai admitir mais 1.100 trabalhadores, a juntar aos 3.600 que já tem neste momento. Isso irá implicar que no parque industrial também haja muito mais admissões”, disse.