Economia

Queijaria “Caprino de Odemira” sonha com internacionalização

A queijaria “Caprino de Odemira”, propriedade de Ana Lúcia Viana e seu marido, tem como desafios principais a expansão do negócio no mercado nacional e a internacionalização dos queijos produzidos com leite de vaca e cabra, sobretudo para a Europa. Este objectivo foi revelado por Ana Lúcia Viana, durante um encontro com os jornalistas, no âmbito da FACECO – Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, que decorre até 21 de Julho, em S. Teotónio.

“É um desafio muito grande exportar para França, terra dos queijos, Luxemburgo e Bélgica, já tivemos propostas mas estamos limitados no espaço, a queijaria é pequena e temos medo de não ter capacidade de resposta”, assegura a proprietária do espaço. “Preferimos ir devagar”, acrescenta, sublinhando que a queijaria é um espaço concessionado pelo município, embora a marca não seja.

A queijaria, um negócio familiar, apresenta nove referências de queijos, cinco de vaca e quatro de cabra, elaborados com uma média, por dia, de 200 litros de leite, sendo o de vaca proveniente da vacaria que é propriedade do casal e o de cabra comprado a produtores. “Gostaríamos de ter todo o leite de cabra de produtores de Odemira mas não estamos a conseguir”, frisa.

A queijaria tem sete anos de existência, num espaço no Mercado Municipal de Odemira, fundada pela portuguesa Paula e pelo italiano Massimo Vila. Ela fotógrafa de moda e ele produtor radiofónico, decidiram trocar Milão por Odemira, para abrir uma queijaria, com leite de vaca e cabra. Há dois anos, Ana Lúcia Viana e o seu marido decidiram ficar com o negócio, uma vez que já forneciam o leite de vaca aos proprietários da queijaria. “Arriscamos e estamos muito satisfeitos”, sublinha a responsável.

Ana Lúcia Viana explica que o produto é vendido em supermercados de “referência”. Em Odemira, “não é bem aceite porque as pessoas gostam mais do queijo tradicional, curado, salgado, muito duro e o nosso é diferente”.

A produção é efectuada consoante a procura e os mais vendidios são o “Caprino Forte” e a “Pirâmide”, tipo brie, “completamente diferentes daquilo que é o tradicional português”, afirma, adiantando que é “um produto diferente, aliando o tradicional com inovação”.

A queijaria já ganhou uma “Menção Honrosa” no Concurso Queijos de Portugal, com o queijo “Curado Clássico”, na categoria queijos de cabra de cura prolongada, realizado pela ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios. Este ano, vamos apresentar a concurso a “Pirâmide” e o “Caprino Forte”, dependendo da “qualidade do leite”.

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