Setúbal

Presidente de “O Sonho” vai demitir-se

O presidente de “O Sonho”, instituição particular de solidariedade social sita em Setúbal, Florival Cardoso, vai demitir-se, após trinta anos no poder. A garantia foi dada numa entrevista à SIC em resultado das buscas da Polícia Judiciária (PJ de Setúbal) fez esta sexta-feira, dia 23 de Fevereiro, em três instituições de solidariedade social e em casas particulares ligadas à IPSS “O Sonho”, por suspeitas de peculato de uso, fraude na obtenção de subsídios e falsificação de documentos.

O presidente da associação, que alberga 600 crianças e verbas de um milhão de euros, nega as suspeitas e diz que está de “consciência tranquila”. Florival Cardoso, que é o principal visado na investigação, fala sobre uma “caça às bruxas” e garante que vai demitir-se, porque considera que está a ser cometida uma “enorme injustiça”.

“As buscas, presididas pelo Ministério Público e levadas a cabo pela PJ de Setúbal com a coadjuvação da Segurança Social, abrangem também os equipamentos sociais da IPSS e domicílios”, refere uma nota publicada na página da internet da Procuradoria da Comarca de Setúbal.

A nota acrescenta que as buscas à IPSS, a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal da Sede da Comarca de Setúbal, surgem na sequência da apresentação de uma “denúncia pela prática dos crimes de fraude na obtenção de subsídio, participação económica em negócio e peculato”.

O Instituto da Segurança Social integra a equipa conjunta com a Polícia Judiciária. Em comunicado, a entidade diz que o caso está em segredo de justiça e que por isso “, o Instituto não poderá pronunciar-se sobre o processo”.

O alegado esquema é muito parecido com o que foi denunciado relativamente à Raríssimas, sendo que também Florival Cardoso tinha familiares ao serviço da instituição – a mulher trabalha como secretária. Em causa estará a apropriação indevida de várias centenas de milhares de euros, bem como da venda de bens que foram doados às instituições. Os inspectores vão tentar saber agora por quanto venderam as doações e para onde foi o dinheiro.

Quanto à fraude na obtenção de subsídio e falsificação de documentos, essas suspeitas estão relacionadas com a declaração do número de utentes: declaravam ter mais do que os reais para também receber mais apoio do Estado. O presidente da instituição também é suspeito de usar a bel-prazer um carro de serviço que era de uma das IPSS

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