Entrevista com Luís Sequeira, cantor: “O meu sonho é estar nos grandes quadros de honra da música portuguesa”

 Luís Sequeira, de 23 anos, é um jovem músico do Montijo, que alcançou a segunda posição no programa da RTP “The Voice Portugal”, em 2014. Desde aí, nunca mais parou, já lançou dois singles. Tem outro previsto para Abril e um álbum de originais para Novembro. Luís Sequeira destacou-se, no final do programa, com o dueto com Marisa Liz em “Rosa Sangue” acompanhados ao piano por Tiago Pais Dias. Posteriormente ao concurso, Luís Sequeira não tem parado e participou em diversos projectos como “Entrei na ‘Água de Mar’ na RTP1 numa virgem experiência na representação em TV, onde contracenou com Leonor Andrade  e num anúncio dos 20 anos de uma marca.

 

Setúbal Mais – Como está decorrer a carreira?

Luís Sequeira – Tenho três singles que foram idealizados antes do lançamento do álbum. Dois já foram lançados, “Amor cega” e “Tinta azul”, e o próximo a editar em finais de Abril “Tudo ao contrário”. São singles independentes, cujo trabalho tenta roçar aquilo que me influencia e o que sou como músico. Os singles estão disponíveis na Spotify, no Google play, itunes, entre outras plataformas musicais.

S.M. – Quando será lançado o novo álbum?

L.S. – Vai haver um interregno durante alguns meses, em termos de trabalhos novos, para aguardar o lançamento do álbum que em princípio será lançado em Novembro. Ainda não sei o nome do álbum nem as canções que estarão incluídas.

S.M. – Vão vai ser esse novo trabalho?

L.S. – Vai ser uma produção independente com originais.

S.M. – A participação no “The Voice Portugal” foi muito importante no lançamento da carreira?

L.S. – Muito. Até que se não fosse o programa, provavelmente não seria tão querido pelas pessoas. Consegui provar o que valho e mostrar às pessoas que através do trabalho, vontade e algum sacrifício, que considero bom e querido à minha pessoa, é possível fazer música e cantá-la, e daí estejam mais abertas a ouvir-me.

S.M. – Pensou que chegaria tão longe no programa, o segundo lugar?

L.S. – Quando cheguei à primeira gala do “The Voice Portugal”, fiquei surpreendido, porque não esperava chegar tão longe. Uma vez superada essa fase, pensei que era possível até ganhar o concurso.

S.M. Foi também importante a nível de formação?

L.S. – Sim. Graças à boa gente que me rodeou, nomeadamente aos meus mentores do programa Marisa Liz e Tiago Pais Dias, com os quais desenvolvi uma relação de espécie irmão mais velho, que sempre me orientaram muito bem. De fora, os meus pais, embora não percebessem muito do mundo da música, disseram-me sempre para ter cautela e juízo (risos). Além disso, tive o acompanhamento do meu produtor musical, que já me conhecia na altura. Correu tudo muito bem.

S.M. – Quando começou a relação com a música?

L.S. – Desde que me lembro, sempre cantei. Só que até aos 16 anos queria era ser jogar futebol. Queria ser o próximo Cristiano Ronaldo! Só quando comecei a levar as aulas de música mais a sério, porque apesar de receber a minha primeira guitarra aos 14 anos, ia às aulas esporadicamente, é que decidi que era isto mesmo o que queria fazer na vida. Comecei a rodar bares, com uma banda local e ganhei alguma experiência. Quando fui para o “The Voice Portugal” entendi que a música seria o meu futuro profissional.

 

S.M. – Qual o senho?

L.S. – O meu sonho é estar nos grandes quadros de honra da música portuguesa.

S.M. – Pretende cantar em português ou inglês?

L.S. – Nos covers, posso fazer uma versão de uma música em inglês, até porque sou muito da onda do rock anglo-saxónico. No entanto, o projecto que quero fazer é de originais e será inteiramente em português.