Álvaro Beijinha desempenha o segundo mandato como presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, reeleito em 2017, pela CDU. O jovem edil aposta nas obras de requalificação urbana para dar maior qualidade de vida aos munícipes e atrair mais turistas ao concelho.
Florindo Cardoso
Setúbal Mais – Quais os principais projectos e investimentos previstos para 2019?
Álvaro Beijinha – Temos muitas obras de requalificação urbana em curso e previstas. Em Santiago do Cacém, toda a zona envolvente ao Mercado Municipal, que é um projecto que já gostaríamos de ter em curso mas o primeiro concurso ficou deserto. Espero que a obra seja adjudicada em breve porque já foram abertas as propostas. É um investimento de 2,2 milhões de euros que resolverá problemas complexos existentes, e vamos aproveitar para remodelar as redes de saneamento, abastecimento de água, instalar iluminação pública LED e dar maior mobilidade às pessoas para facilitar a circulação. A requalificação do edifício do Mercado Municipal está em curso e visa criar melhores condições para quem trabalha e visita este espaço, tornando-o mais convidativo. Em Alvalade e Cercal do Alentejo, também temos de obras de requalificação do centro histórico, que serão aprovadas este mês nas reuniões públicas da câmara. A requalificação de toda a zona industrial de Santo André, um investimento de 2,4 milhões de euros. Ainda em Santo André vamos avançar com a requalificação do Bairro do Pinhal, obra que já está consignada, e temos em curso obras no Bairro das Flores. Decorrem um conjunto de intervenções a nível de saneamento, repavimentações, grande parte por administração directa da câmara porque temos capacidade para intervir. Num loteamento privado que ficou abandonado fruto da crise, já está consignada a obra de saneamento, onde accionamos a garantia bancária do empreiteiro.
S.M. – Existe uma aposta clara na requalificação urbana?
A.A. – Sim. As intervenções são várias, sempre numa perspectiva de requalificação urbana porque na minha opinião, serve quem vive no nosso concelho e ter maior capacidade de atracção do ponto de vista turístico. Se tivermos um espaço público mais cuidado somos mais convidativos para os turistas.
S.M. – Em relação ao turismo o concelho é o que tem crescido mais no Alentejo. Pode crescer ainda mais?
A.A. – Somos o concelho com maior crescimento no Alentejo Litoral e no Alentejo e talvez o que cresceu mais, em pontos percentuais, no país. Temos registado um crescimento significativo e para isso contribuiu a revisão do Plano Director Municipal que está em vigor há cerca de três anos e meio. Temos registado uma procura imensa e não tenho dúvidas de que vai continuar a crescer porque existem vários projectos em análise, uns em obra e outros em fase de licenciamento e fase de conclusão. A duplicação verificada em três anos, entre 2014 e 2017, permiti-nos pensar que vamos continuar a crescer. O turismo é um fenómeno nacional mas considero que a nossa estratégia de captação de novos investimentos tem resultado. Há novos pedidos para construção de hotéis e turismo em espaço rural. Qualquer destino turístico faz-se pela oferta e para isso temos de criar as condições indispensáveis para que os investidores apostem no concelho e acreditem em nós e que saibam quando vão apresentar um projecto de licenciamento na câmara há mecanismos de celeridade e de apoio.
S.S. – Em relação aos passes únicos decididos na CIMAL (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral). Que grande importância neste concelho?
A.A. – Tem um impacto muito positivo na vida das pessoas porque algumas pagam 80 a 90 euros pelos passes mensais. O processo está ainda em discussão mas será, em princípio o valor de 30 euros no nosso território e de 40 euros nos cinco concelhos do Litoral Alentejano (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira). Em termos de impacto no orçamento da câmara ainda estamos a avaliar. Estamos também a trabalhar para articular estes passes com outras comunidades intermunicipais.