Carris Metropolitana vai ter em circulação 1.400 autocarros novos

A Carris Metropolitana, que começa a entrar em funcionamento a partir de 1 de junho, nos municípios de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, e 1 de julho, nos restantes municípios da área Metropolitana de Lisboa, envolverá cerca de 12 mil paragens, 2 mil percursos, 820 linhas (160 novas e 330 com oferta reforçada), 17 mil circulações por dia, 300 painéis digitais de informação ao público, e mais de 1.500 autocarros, dos quais 1.400 serão novos.


A nova operadora foi apresentada publicamente, a 1 de abril, numa cerimónia presidida pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, onde marcaram presença Carla Tavares, presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carlos Humberto de Carvalho, primeiro-secretário metropolitano, e Faustino Gomes, presidente do conselho de administração da TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, presidentes e vereadores dos 18 municípios da área Metropolitana de Lisboa, entre outros 300 convidados, em representação de inúmeras entidades públicas e privadas, no Pátio da Galé, em Lisboa.
Duarte Cordeiro considera que o projeto de modernização do serviço de transportes públicos coletivos da Área Metropolitana é absolutamente essencial. “Hoje, fruto das consequências da guerra, as vantagens do uso do transporte coletivo são ainda maiores para os orçamentos das famílias”, destacou o governante, salientando que o Navegante permite a redução de custos para os cidadãos e, simultaneamente, representa uma estratégia chave para a preservação do meio ambiente e o cumprimento das metas ambientais assumidas pelo país em matéria de descarbonização.


“Com a nova criação da entrada em vigor do novo sistema de transporte rodoviário a 1 de junho e 1 de julho, temos de adaptar o novo sistema de bilhetes, o que chamamos ocasionais, à nova rede porque os operadores desaparecem como tal”, explica o primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto, dando como exemplos a Vimeca ou a Transportes Sul do Tejo que “desaparecem e são substituídos por um serviço que tem uma marca que é a Carris Metropolitana”.


“Portanto, toda a lógica de funcionamento de bilhetes da Vimeca ou da Rodoviária de Lisboa desaparecem porque deixam de prestar serviço”, disse o responsável, sublinhando que os utentes vão ter de passar a comprar bilhetes que são da Carris Metropolitana de Lisboa.
Segundo Carlos Humberto, todos os bilhetes usados atualmente, e que podem ser utilizados até 1 de junho ou 1 de julho, vão deixar de existir, salientando que se trata de “uma filosofia completamente distinta” da que existia até agora. “Todos desaparecem, são 902 tipologias de bilhetes que desaparecem e são criadas três novas tipologias, compra a bordo ao motorista ou pré-comprado”, disse.


A rede de serviço de autocarros foi desenhada pela Área Metropolitana de Lisboa, em conjunto com os 18 municípios, para servir 2,8 milhões de potenciais utilizadores.


A cerimónia, que assinalou também o terceiro aniversário do sistema navegante, passe que entrou em funcionamento em 2019 e que possibilita aos utentes circular dentro dos próprios concelhos ou em toda a Área Metropolitana de Lisboa a preços baixos e em qualquer um dos serviços de transportes públicos disponíveis no território. Incluiu ainda um pequeno desfile de moda, com a participação de trabalhadores de uma operadora de transportes, que serviu para dar a conhecer o fardamento da Carris Metropolitana, desenhado por Nuno Gama.

O investimento de cerca de 1,2 mil milhões de euros realizado com a operação permitirá aumentar o serviço de transporte rodoviário em cerca de 35 %, que se traduzirá em mais carreiras, mais percursos e circulações, autocarros mais modernos, mais eficientes e ambientalmente mais sustentáveis, e mais qualidade no serviço prestado.


A nova frota inclui veículos mais amigos do ambiente, movidos a eletricidade ou a gás natural, assim como carros mais pequenos, que permitem uma melhor circulação em zonas urbanas com vias mais estreitas e de difícil acesso aos veículos convencionais.