Ângela Lemos tomou posse como presidente do Instituto Politécnico de Setúbal

Ângela Lemos tomou posse, a 27 de abril, como presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), prometendo uma instituição que “aposta no desenvolvimento das pessoas e da região, centrada no estudante e focada na inovação e na valorização e partilha do conhecimento”.

Numa cerimónia, que reuniu mais de duas centenas de pessoas no Auditório Nobre da instituição, Ângela Lemos recebeu o testemunho de Pedro Dominguinhos, presidente cessante, começando por lembrar a sua chegada ao IPS, em 1987, ainda como estudante, e todo o percurso que moldou a sua “identidade profissional e pessoal”. “O orgulho que senti aos 18 anos é equiparado ao que sinto hoje ao assumir o cargo de presidente”, confessou.

Fiel ao lema que escolheu para o mandato 2022-2026 – “Consolidar o presente para construir um futuro sustentável” – Ângela Lemos identificou os principais desafios que terá que enfrentar nos próximos quatro anos, juntamente com a sua equipa de quatro vice-presidentes e três pró-presidentes. A crescente procura do Ensino Superior, tendência que é acompanhada pelo IPS, atualmente com “mais de 8 000 estudantes”, a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, e as “mudanças estruturais” que decorrem da pertença à aliança universitária europeia E3UDRES2 foram algumas das metas elencadas.

A nova responsável sublinhou igualmente como desafio de relevo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no quadro do qual o IPS está a implementar três projetos, um deles como coordenador, numa “participação que tem um financiamento global de 10, 5 milhões de euros”, e que permitirá ao IPS “afirmar-se ainda mais como agente de mudança e de transformação da região e do País”.

Os próximos quatro anos serão também de “forte investimento em infraestruturas físicas e tecnológicas”, com destaque para a construção de um edifício próprio para a Escola Superior de Saúde, de um novo espaço de incubação de ideias de negócio e ainda de dois novos laboratórios, nas áreas do Desporto e do Audiovisual.

No seu território de influência, o IPS tem também pela frente a construção de uma nova escola superior em Sines, “com a colaboração e a parceria estratégica do município e o empenho pessoal do senhor presidente de Câmara [Nuno Mascarenhas], e a criação de condições para a recuperação do Palácio Fryxel, primeira sede do IPS e “importante imóvel da cidade”, projeto em relação ao qual Ângela Lemos solicitou o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, representado na cerimónia pelo seu presidente, André Martins.

Finalmente, no que toca à valorização do ensino superior politécnico, a responsável realçou a “defesa pela outorga do grau de doutor e alteração da designação para universidade politécnica”, uma posição alinhada com a grande prioridade defendida pela nova presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Maria José Fernandes, cuja cerimónia de tomada de posse decorreu também ontem, no IPS, pela manhã.

Na hora de passar o testemunho, depois de oito anos de liderança, Pedro Dominguinhos centrou o seu discurso sobretudo nos agradecimentos, quer à comunidade interna, quer aos parceiros externos, manifestando orgulho no forte parceiro regional em que se tornou o IPS. “Somos, hoje, um parceiro da região que é confiável e que responde aos desafios”, afirmou, dando como exemplo concreto o impacto económico do IPS nos seus dois principais territórios de influência. “Os 58 milhões de euros que injetamos anualmente nos concelhos de Setúbal e do Barreiro são um sinal claro da relevância do IPS”, concluiu.