Setúbal

Teatro Estúdio Fontenova promete “ambicioso programa artístico”

O Teatro Estúdio Fontenova (TEF) congratula-se com a decisão da Direção Geral das Artes (DGArtes) de incluir a companhia de teatro de Setúbal nos apoios financeiros para os próximos quatro anos, reconhecendo a qualidade do seu trabalho.


“A nossa candidatura ao Apoio Sustentado da Direcção-Geral das Artes foi proposta para apoio, possibilitando ao Teatro Estúdio Fontenova durante os próximos quatro anos a estabilidade necessária para concretizar o ambicioso programa artístico que desenhámos para este período”, após “uma longa espera na incerteza emergimos finalmente com alívio, satisfação e olhos postos no futuro” refere o TEF, prometendo que “em breve vamos desvendar os primeiros passos desta aventura que já começámos a preparar”.


O Teatro Estúdio Fontenova, com quase 40 anos de existência tem mostrado um trabalho magnífico, com excelentes produções e a realização da Festa do Teatro de Setúbal que atrai à cidade dezenas de companhias nacionais e estrangeiras, criando um público fiel e promovendo o nome de Setúbal.
“No entanto, não esquecemos aquelas e aqueles para quem os apoios ‘não chegaram’. Relembramos e reforçamos mais do que nunca o pensamento solidário coletivo, assim como a necessidade de reforço orçamental para a cultura e as artes”, sublinha o TEF.


O Teatro Estúdio Fontenova faz um balanço bastante positivo de 2022. “Começámos o ano, logo em janeiro, com ‘Corpo Pequenino, Olhos de Gigante’, um novo espetáculo com texto a partir de um poema de Almada Negreiros, que criámos em diálogo de proximidade com três turmas de escolas de Setúbal e Sesimbra. Estreámos na Casa da Cultura e ao longo das 10 sessões enchemos a Sala José Afonso com diferentes formas de ver com o corpo todo”, lembra o TEF, acrescentando que “ao longo do ano levámos este espetáculo a Loulé (na Casa da Mákina, acolhimento da Mákina de Cena), ao Seixal (no Cinema de S. Vicente, acolhimento da Animateatro) e a Almada (no Teatro Estúdio António Assunção, acolhimento do Teatro Extremo)”.


“Em março retomámos a promessa de apresentar ‘Mata’ no Montijo, a terra da Companhia Mascarenhas-Martins, com quem levámos a cena este conto japonês de Ryūnosuke Akutagawa”, adianta.


“Seguiu-se uma primavera com os pés muito fora da nossa garagem”, refere o TEF com “a criação de ‘À flor das águas’, um processo de investigação e diálogo sobre o direito à cidade, os espaços públicos e os comuns, partindo da cidade de Setúbal. De tudo isto resultou um texto rico em memórias pessoais do elenco e das pessoas que se juntaram, apresentado no Fórum Municipal Luísa Todi em maio, não só no palco, mas também nos espaços de apoio e na rua”. “Carregado de referências à nossa cidade, duvidámos se o espetáculo teria a mesma receção no Teatro Municipal da Covilhã, onde o apresentámos no Festival contraDANÇA em outubro, com acolhimento da ASTA – Teatro e Outras Artes (Covilhã), mas o público mostrou-se cúmplice das nossas reflexões. Afinal conseguimos mesmo falar do mundo a partir de Setúbal”.


Estreado em 2021, após duas tentativas sabotadas devido à pandemia do covid-19, “A Paz Perpétua” continuou a ser apresentado em 2022. Trata-se de uma metáfora sobre democracia e direitos humanos em forma de fábula. Estes três cães, postos à prova num exame que selecionará apenas um deles para uma força especial de deteção de terroristas, mostraram-se no Teatro-Cine de Torres Vedras, depois em Palmela, em pleno Largo de S. João, integrando a programação do FIAR e, finalmente, na Festa do Teatro em Montemor-O-Novo, no Sociedade Antiga Filarmónica Montemorense “Carlista”.


Em agosto decorreu mais uma edição do Festival Internacional de Teatro de Setúbal, a XXIV Festa do Teatro, que contou com diversas companhias nacionais, de norte a sul e ilhas, algumas pela primeira vez em Setúbal. De além fronteiras, juntou-se a nós Cabo Verde, Argentina, Itália e República Checa. Em 2023, a Festa do Teatro regressa de 18 a 26 de agosto.


Finalmente, em novembro, estreou “Caim”, o último texto de José Saramago publicado em vida, num espetáculo intitulado “Caim ou a Divina Cegueira”. Com dramaturgia de Armando Nascimento Rosa e José Maria Dias, encenação deste último, cenografia de José Manuel Castanheira e música de Jorge Salgueiro, realizaram-se apresentações no Fórum Municipal Luísa Todi e no Teatro Lethes em Faro, numa acolhimento da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve.


“Caim ou a Divina Cegueira” tem já marcada a primeira apresentação em 2023, no dia 26 de janeiro, no Grande Auditório do Fórum da Maia, com acolhimento do Teatro Art’Imagem.

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