Parque de estacionamento da praia de Albarquel destruído

O parque de estacionamento em terra batida junto à praia de Albarquel, na Arrábida, concelho de Setúbal, foi destruído, pelos novos donos da herdade e palácio da Comenda.

O terreno, embora seja particular e pertença dos novos proprietários, sempre foi usado pelo utentes da praia de Albarquel, sem quaisquer restrições.

Neste momento, o terreno foi remexido por um tractor, encontrando-se inacessível por parte das viaturas.

De salientar que os novos proprietários já tinham colocado placas de proibição de entrada na zona.

Recorde-se que na última reunião pública do executivo camarário, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, disse que tinha sido feita uma proposta para a gestão do parque de estacionamento de Albarquel mas ficou sem resposta.

“O parque de estacionamento da praia de Albarquel também é deles e ainda não temos resposta pedido que fizemos para gestão daquele espaço”, disse a edil sadina.

A edil sadina que reuniu recentemente com os novos donos da herdade do palácio, uma área de 600 hectares, reconhece que é “propriedade privada e não há situações de direitos de passagem”, tendo sido transmitida que o palácio é para residir.

Neste momento estão em causa a utilização do parque de estacionamento de Albarquel, os trilhos da Arrábida (dentro da propriedade) e o parque de merendas da Comenda.

“O parque de merendas está a muito a prazo, é uma situação que não aceitámos, vamos estar na defesa da utilização pública”, afirma a presidente, acrescentando que os proprietários só garantem a utilização somente este ano. “Não aceitámos, vamos ver como decorre a próxima época balnear”, lamentando que haja “muito gente a fazer ali acampamentos e fogueiras junto à casa”. “São os abusos que podem levar à decisão definitiva de não querem ali o parque de merendas”, adverte.

 “Solicitámos a utilização dos trilhos da propriedade, até porque somos um dos municípios que iniciou a acção ‘Caminhos de Santiago’ e um deles passa por ali, mas os proprietários só garantiam se a Câmara Municipal de Setúbal pagasse os prejuízos causados pelas pessoas nesses caminhos, isso era um saco sem fundo”, salienta Maria das Dores Meira, revelando que vai fazer uma contraproposta”.