Setúbal

Morreu Portugal da Silveira, personalidade ligada à cultura de Setúbal

Alfredo Portugal da Silveira, personalidade ligada à cultura de Setúbal, morreu a 12 de janeiro. As cerimónias fúnebres realizam-se na segunda-feira, 15 de janeiro, entre as 10h00 e as 14h00, no cemitério da Paz (Algeruz), onde será cremado.

Foi colaborador em programas das rádios “Azul” e “Rádio Jornal” e cronista nos jornais “O Setubalense” e no “Distrito de Setúbal” (título do saudoso Carlos Monteiro).

Lançou os livros “Traineira”, em 2015, um romance baseado em factos e personagens reais, em “Quinhentista”, em 2018, baseando-se na partida de D. Sebastião para a batalha de Alcácer Quibir, a história aqui contada é um breve olhar sobre o povo, anónimo, com as suas habituais preocupações sobre a situação social e económica do país.

No teatro foi autor da peça “A Governanta”, em 1999, um monólogo interpretado por Carlos César, fundador e ator (já falecido) do Teatro Animação de Setúbal.

Bruno Frazão, da Companhia de Teatro de Setúbal e também ligado à cultura da cidade, trabalhou com Portugal da Silveira em várias produções.

“As partidas são sempre duras e eis que mais um amigo parte. Portugal da Silveira homem da rádio, homem da cultura, homem de bom coração deixou-nos, mas será imortal pois as suas palavras ficarão para sempre nas grandiosas obras teatrais que escreveu”, escreve Bruno Frazão, lembrando que “talvez tenha sido a última pessoa até ao dia de hoje a encenar uma obra tua, ‘Um Natal diferente’ , mas foram mais, foi o ‘Rui da Absurdia’, foi o ‘Por Dez Réis’ que estávamos atualmente a preparar para repôr em cena e cantámos a tua ‘Traineira’”.

“Começámos a ensaiar a tua ‘Caserna’, temos preparado para estrear ‘Génesis’, procuraste sem teres conseguido encontrar em vida a atriz ideal para fazeres o espetáculo ‘Maria Perneta’, do qual tanto orgulho tinhas”, adianta.

“Na nossa última conversa em finais de 2023 dizias-me, ‘mas será que nesta cidade (Setúbal) ninguém faz um espetáculo sobre Bocage?’. Estavas a escrever essa peça e sei que me estavas a desafiar a encená-la. Não cheguei a ler! Uma coisa é certa o teu ‘Por dez Réis’ será reposto em tua memória”, conclui Bruno Frazão.

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