A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, informou hoje, em reunião pública do executivo camarário, que a deposição dos dragados não vai acontecer na zona da restinga.
Maria Dores Meira recebeu a informação de que a presidente da APSS – Addministração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Lídia Sequeira, garantiu aos pescadores, numa reunião realizada hoje, de que os depósitos das dragagens a efectuar no estuário do Sado não serão depositados na zona da Restinga, em frente a Soltróia.
Recorde-se que os pescadores manifestaram preocupação com a intenção do Estudo de Impacte Ambiental apontar esta zona uma vez que se trata de um viveiro selvagem de várias espécies.
“Não queremos a deposição dos dragados no local onde estava previsto pela APSS, Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, na denominada `restinga, Zona A´, mas sim na zona da cana, a sul de barra, com cerca de 600 metros de profundidade, que é, aliás, o local onde sempre se têm depositado as lamas recolhidas nas dragagens de manutenção do canal de navegação do porto de Setúbal”, afirmou recentemente, Ricardo Santos, da Sesibal, Cooperativa de Pesca de Setúbal e Sesimbra.
“Trata-se de uma zona riquíssima em várias espécies, designadamente raia, salmonete, linguado, polvo e choco, entre outras, e que é fundamental para mais de 300 pescadores”, acrescentou Ricardo Santos.
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