Associação Casa da Poesia de Setúbal celebra 2.º aniversário: Leonor Freitas recebe diploma de sócia honorária

O jantar do segundo aniversário da Associação da Casa da Poesia de Setúbal, que reuniu cerca de 90 pessoas num restaurante da cidade, homenageou a empresária e proprietária da Casa Ermelinda Freitas, Leonor Freitas, recebendo o título de sócia honorária da instituição.

Florindo Cardoso

A empresária e proprietária da Casa Ermelinda Freitas, Leonor Freitas, é a primeira sócia honorária da Associação Casa da Poesia de Setúbal. O diploma foi recebido num jantar da instituição que reuniu cerca de 90 pessoas num restaurante da cidade, que contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, o presidente da União de Freguesias de Setúbal, Rui Canas, o vocalista dos UHF e novo membro da Casa da Poesia, António Manuel Ribeiro, o cantor Toy e o presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, entre outros.

Alexandrina Pereira, presidente da Associação Casa da Poesia de Setúbal, disse que “hoje para além de festejarmos mais um aniversário vamos tornar este momento ainda mais significativo, fazendo um justo reconhecimento a Leonor Freitas, que desde a primeira hora nos tem apoiado em todas nossas iniciativas, principalmente naquelas com cariz solidário”.

“Todos temos conhecimento da genuína generosidade de Leonor Freitas, mas o que mais me apraz sublinhar é a sua humildade, que está patente em todos os seus gestos”, realçou Alexandrina Pereira.

“A Casa da Poesia reconhece Leonor Freitas como nossa sócia honorária pela sua dedicação e contribuição à causa poética e aos nossos eventos”, realçou a presidente da instituição, entregando o diploma à empresária.

“Felizmente muitos amigos têm estado ao nosso lado e esperamos continuar a merecer a confiança que depositaram em nós”, disse ainda Alexandrina Pereira, agradecendo os apoios da Câmara Municipal de Setúbal e do presidente da União de Freguesias de Setúbal.

Leonor Freitas disse estar “muito sensibilizada por este carinho e amizade e pelo que a minha vida me tem proporcionado”, lembrando que “quando nasci prematura, com um quilo e pouco, em Fernando Pó, numa noite de 24 de Dezembro, há 64 anos, onde não havia nem luz eléctrica nem acessibilidades, apenas por terra batida, Deus quis que me salvasse”. “Os meus pais contaram-me sempre o que sofreram, pensavam que ia morrer”, recordou. “Tive uns pais espectaculares”, disse emocionada.

“Lutei para sobreviver e outro tanto pela vida fora mas tive sempre pessoas ao meu lado a ajudarem-me, tive a sorte de encontrar um marido espetacular que me tem acompanhado nas minhas lutas sempre caladinho, os filhos João e Joana e os meus amigos”, afirmou a empresária, acrescentando que “tive a surpresa de encontrar aqui verdadeiros amigos”.

“Tenho um papel na sociedade, porque se sobrevivi não é por acaso, e poder estar nestas causas sociais e nesta maneira de estar, não é nada perto daquilo que a sociedade me tem ajudado”, frisou, acreditando que “há um destino”, desabafando que é uma mulher de fé.

Rui Canas salientou que Leonor Freitas “sempre foi uma pessoa atenta e solidária que sabe o mundo em que vive e retribui a sua contrapartida daquilo que o mundo lhe dá”.

O autarca elogiou o projecto “inovador em Setúbal” da Casa da Poesia e o seu “magnífico trabalho”, recordando que há cerca de dois anos a junta de freguesia cedeu um espaço para instalar a sua sede. “A Casa da Poesia está hoje associada a tudo aquilo que são actividades de carácter cultural”, adiantou.

Já Maria das Dores Meira afirmou que “é sempre uma alegria poder conviver com poetas e sonhadores, porque são os poetas os melhores tradutores destas nossas ocasionalmente complicadas vidas”.

Sobre a homenageada, a autarca disse que “admiro muito, um exemplo de perseverança, de força e carácter, é uma mulher forte e um exemplo para todas a classe empresarial, transformando um antigo negócio familiar de produção de vinhos numa das mais notáveis marcas do país e do mundo”. “É uma poetisa do vinho, tal como os poetas juntam palavras, ela junta sabores e castas, experimenta as sensações que os seus vinhos tal como a poesia provocam”.

Eugénio Fonseca lembrou que Leonor Freitas “como assistente social que foi só poderia ser boa em tudo aquilo que faz”. “A sorte dela é ter o coração que tem, porque partilha, divide para multiplicar”, disse o presidente da Cáritas, lembrando a sua característica de “humildade”.

Toy não resistiu a cantar uma cantiga de improviso em jeito de homenagem. “Leonor é amor”, elogiando a partilha e a amizade da empresária.