Anabela Coelho vence Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama

Anabela Coelho, de Coimbra, foi a vencedora do 16.º Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama.

Anabela Monteiro Coelho Pina venceu o certame com a obra intitulada “Distância de Mim para Mim”, assinada sob o pseudónimo de Luísa Vasconcelos.

Para o júri, a obra vencedora reúne um “conjunto de versos simples e diversificados, muito intuitivos e sentidos, desvendando uma panóplia de gostos por pessoas, lugares e coisas, que preenchem o universo da autora e revelam percursos quotidianos”, constituindo também um trabalho “na senda de possíveis interrogações escondidas”.

No seu percurso de escrita, Anabela Coelho foi já vencedora do Prémio Literário Irene Lisboa (8ª edição, 2018) com o conto “O Espanta-Pardais e a Boneca de Trapos”, depois de ter tido menção honrosa na edição anterior do mesmo certame.

O Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama 2020, certame patrocinado pela Junta de Freguesia de Azeitão e organizado em parceria com a Associação Cultural Sebastião da Gama, que inclui a publicação da obra vencedora, será entregue em data a anunciar oportunamente.

Recorde-se que o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama foi criado em 1988, em Azeitão, pelas Juntas de Freguesia de S. Lourenço e de S. Simão, e teve realização anual até 1993 (6ª edição). A partir daí, passou a ser um concurso bienal até à sua 10ª edição, tendo, depois sofrido interrupção. O certame foi retomado em 2007 (11ª edição) e teve, em 2020, a sua 16ª realização. Foi também a partir de 2007 que este Prémio teve a parceria da Associação Cultural Sebastião da Gama.

O primeiro trabalho vencedor deste Prémio, em 1988, foi a obra “Água das Pedras”, assinado pelo pseudónimo Maria Helena Salgado, correspondendo à autora Maria do Rosário Pedreira, escritora e editora reconhecida. Este trabalho mereceu publicação no ano seguinte (Setúbal: Folha d’Hera). Nesta primeira edição do Prémio, houve 131 trabalhos a concurso e, simultaneamente, foi lançado o concurso de “Jogos Florais Juvenis O Segredo é Amar”, que, devido à escassa participação, não teve prémio atribuído. Pelo júri de 1988 passaram Arlindo Mota, Joana Luísa da Gama e José Jorge Letria.

Outros vencedores das várias edições deste Prémio foram Hugo Santos (1989 e 1991), Maria Graciete Besse (1992), Graça Pires (1993), João Carlos Lopes Pereira (1995), Alberto Marques (1997), Firmino Mendes (1999), António Menano (2001), Amadeu Baptista (2007), José Carlos Barros (1990 e 2009), Paulo Assim (2011), António Canteiro (2013) e Xavier Zarco (2017).