XXIV viagem histórica a Santiago do Cacém – Adega de Palmela recebe visita de 51 automóveis antigos

A Adega Cooperativa de Palmela recebeu, a 13 de Outubro, a XXIV viagem histórica a Santiago do Cacém organizada pelo Clube de Automóveis Antigos da Costa Azul, no âmbito das comemorações dos 123 anos da chegada do primeiro automóvel a Portugal, o Panhard & Levassor, pelas mãos do conde D. Jorge d’Avillez.

O Panhard & Levassor foi o primeiro automóvel importado para Portugal e a circular no país, em Outubro de 1895. Na primeira viagem que realizou, entre Lisboa e S. Tiago do Cacém e que demorou 3 dias, este veículo foi o protagonista do primeiro acidente de viação em Portugal, na zona da Volta da Pedra, concelho de Palmela.

O percurso realizado foi o mesmo da viagem inaugural, que teve lugar há mais de um século, começou com a concentração dos 51 automóveis antigos participantes, sendo o mais antigo o Buick 8, de 1931, na Casa Mãe da Rota dos Vinhos, no largo de São João, em Palmela, seguindo a comitiva para a Adega de Palmela seguindo-se um almoço em Grândola, finalizando a viagem em Santigo do cacém.

Marco Paiva, vice-presidente do Clube de Automóveis Antigos da Costa Azul, disse ao Setúbal Mais explicou que “o percurso de 150 km foi feito pelas estradas mais antigas, saindo de Palmela, passando por Lau, Poceirão, Marateca, Alcácer do Sal, Grândola, seguindo até Santiago do Cacém, onde haverá uma gincana clássica frente ao edifício da câmara, na avenida D. Nuno Alvares Pereira”.

O responsável disse que “todos os anos temos este evento e ao longo dos anos o clube realiza vários encontros que começa em Março com o Passeio Ribeirinho, desde o Seixal a Alcochete”, frisando que no “dia 28 de Outubro vamos ter um dos eventos principais, que será uma parada na avenida da Liberdade, Lisboa, com 200 automóveis antigos, alguns de 1910, 15 e 30”.

“Há pessoas que fazem este passeio há vinte anos mas já há gente nova que vai aderindo”, disse ainda Marco Paiva, deste clube com cerca de 700 sócios de todo o país, e sede na Costa da Caparica.

À chegada à Adega de Palmela foram recebidos para um Moscatel de Setúbal, sendo oferecida uma garrafa de vinho premiada em certame internacional, a cada carro participante. Na sessão de boas vindas, o presidente da Adega Cooperativa de Palmela, Ângelo Machado, disse que “espero que tenham gostado do nosso produto estrela que é o Moscatel de Setúbal e estarei cá recebê-los em 2019”.

Ângelo Machado considera que este evento é “uma maneira muito fácil de divulgar a adega e os nossos produtos, sobretudo o Moscatel de Setúbal, que é um produto que tem um reconhecimento nacional”.

Em relação ao novo desafio de presidir à adega, Ângelo Machado, confessou que “estou a gostar, diferente do que estava habituado em termos profissionais, mas espero que corra tudo bem e continuar o trabalho feito pela anterior direcção”, prometendo “inovação e investimento para melhorar as condições qualitativas e quantitativas da adega para valorizar o produto”.

De referir que o Museu Municipal de Santiago do Cacém tem patente uma exposição de pintura D’Assis Cordeiro, intitulada O “Gasolina” em Santiago do Cacém, 1895, no âmbito das comemorações dos 123 anos da chegada do primeiro automóvel a Portugal. A mostra é composta por seis pinturas a óleo, 14 esboços e painéis informativos sobre Santiago do Cacém, os condes d’Avillez, José Benedito Hidalgo Vilhena (que acompanhou o conde d’Avillez no Panhard et Levassor na primeira viagem Lisboa, Santiago do Cacém), René Panhard e Émile Levassor.


Adega Cooperativa de Palmela – Ângelo Machado é o novo presidente

Ângelo Machado, associado desde 1996, neto de um dos fundadores da cooperativa e com ligações profissionais na área dos recursos humanos e informática, assumiu o cargo de presidente do conselho de administração da Adega Cooperativa de Palmela, cujos últimos anos têm sido marcados por um rejuvenescimento e por uma intensa ascensão desta cooperativa.

Sobre este novo desafio, Ângelo Machado, assegura que quer “continuar a realizar o bom trabalho que tem sido feito pela marca ‘Adega de Palmela’ e contribuir para a modernização da Adega e valorização dos seus produtos”.

Fazem ainda parte da equipa os associados Ana Silva e André Caldeira, pertencentes a famílias desde sempre ligadas ao sector da vitivinicultura. Ana Silva é licenciada em Direito e exerce advocacia desde 1995. André Caldeira é empresário nas áreas da produção audiovisual, distribuição de conteúdos e hotelaria.

Com 63 anos, a Adega de Palmela é uma das mais antigas da península de Setúbal. Todos os anos os seus vinhos são distinguidos em várias competições nacionais e internacionais tornando-a numa das referências da região.

Recentemente, a Adega de Palmela apostou numa nova estratégia de activação de marca que passou pela colocação de um outdoor na saída da auto-estrada, em Palmela, um formato que eleva a adega na própria vila, situado de maneira a promover a marca e os seus vinhos. Esta iniciativa surge para enaltecer a adega na região com ícones que fazem parte da identidade da marca, contam a história da região e a verdadeira origem das vinhas de Palmela.