Setúbal vai deixar de despejar esgotos para o rio Sado

A Câmara de Setúbal já arrancou com a construção de uma estação elevatória na zona dos Combatentes para desviar para a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) da Cachofarra os esgotos que ainda são despejados directamente no rio Sado, contribuindo para a qualidade ambiental do concelho.

“É uma obra com um prazo de execução de seis meses, que, conjuntamente com o futuro “Emissário Ciprestes – Bonfim”, que também vai arrancar dentro de um mês, vai permitir encaminhar para a ETAR todos os esgotos – cerca de 15% dos esgotos da cidade – que ainda são despejados diretamente na ribeira do Livramento, juntamente com as águas pluviais que correm para o rio Sado”, afirma o vereador do Ambiente, Carlos Rabaçal, frisando que “aproveitando o facto desta grande intervenção que vamos fazer nos Combatentes, a empresa Águas do Sado (concessionária do abastecimento de água e saneamento básico no município de Setúbal) vai também proceder à substituição integral da rede de abastecimento de água naquela zona e na avenida General Daniel de Sousa”, acrescentou o autarca setubalense.

Apesar de ter uma ETAR de grandes dimensões na zona da Cachofarra, construída há duas décadas pelo então executivo de Mata Cáceres, parte dos esgotos da cidade de Setúbal nunca foram encaminhados para aquela infraestrutura, processo que só este ano deverá ficar concluído com a construção da Estação Elevatória dos Combatentes e do Emissário Ciprestes-Bonfim.

O projecto de “Otimização do Sistema de Saneamento de Setúbal”, com financiamento assegurado do PO SEUR – Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, no âmbito do Portugal 2020, que inclui a construção da “Estação Elevatória dos Combatentes”, do “Emissário Ciprestes – Bonfim” e a “Desativação da ETAR de Pontes” -, tem um custo global de 2,57 milhões de euros, montante comparticipado em 85 por cento por fundos comunitários.

O vereador do Ambiente da Câmara de Setúbal admite que as obras em causa podem causar transtorno à circulação de automóveis e de peões, mas garante que a autarquia sadina incrementou um plano alternativo para a circulação rodoviária e para minimizar as dificuldades no acesso a estabelecimentos comerciais na zona dos Combatentes.

“A construção da estação elevatória dos Combatentes é uma obra necessária e que tem de ser feita naquele local”,  concluiuCarlos Rabaçal, convicto de que todas estas intervenções estarão concluídas no prazo máximo de um ano.