Revolta na escola de condução “Golfinho”

Várias dezenas de pessoas deslocaram-se às instalações da escola de condução “Golfinho”, sita na avenida D. João II, n.º 24B, em Setúbal, para solicitarem documentação relativa à participação nas aulas, o reembolso dos pagamentos ou pedir a transferência para outras escolas a fim de conseguirem tirar as cartas de condução. Em causa está o facto desta escola, com cerca de dois mil alunos, ter encerrado as portas no final do ano passado alegando que as duas funcionárias do secretariado terão metido baixa médica, mas não colocaram nenhuma informação na porta, o que gerou uma onda de contestação e boatos de que a mesma tinha encerrado.

Em comunicado, a direcção da escola, gerida pela empresa Prodigious Dream, afirma que “nesta altura não existe ninguém para fazer o atendimento” e “a escola mudou de gerência e as duas funcionárias da secretaria meteram baixa em simultâneo, o que levou ao fecho da secretaria”. “Com a mudança da gerência foram adquiridas novas viaturas de forma a prestar um melhor serviço, as viaturas continuam na escola e o objectivo é relançar a escola” e “a gerência não contava ficar com o pessoal doente de forma tão prolongada e em simultâneo”, refere ainda a direcção.

“A escola não vai fechar”, garante a direcção da escola de condução, que assumiu funções em Dezembro, acrescentando que está em processo de recrutamento e deverá regressar ao horário normal na próxima semana. Para lá, as instalações estarão abertas durante o período da manhã.

A direcção assegura ainda que os alunos poderão continuar com as aulas pagas.

Nas redes sociais a confusão é geral. Dezenas de pessoas fazem comentários a lamentar a situação e com receio de ficarem sem carta de condução e do dinheiro investido. Muitos optaram por apresentar queixa-crime por eventual burla na Esquadra da PSP da Bela Vista, outros dirigiram-se ao IMT – Instituto da Mobilidade e Transportes, na avenida Rodrigues Manito, para saberem se foi decretada insolvência da empresa, facto que não ocorreu até ao momento.

São ainda feitos comentarios de que a escola tem salários em atraso há três meses quer ao pessoal administrativo quer aos instrutores.

“Houve alguém que disse que falou com uma instrutora e que a mesma tinha dito que a escola está fechada. Isso não é verdade, porque o que a colega disse foi que de facto a secretaria está fechada porque tanto eu como a outra colega estamos de baixa. E era da responsabilidade da empresa colocar lá alguém para nos substituir. Até porque os instrutores estão a trabalhar, e como não temos qualquer informação em contrário”, refere Rita Afonso Ferreira, uma das funcionárias que se encontra de baixa médica.