Ao longo dos 161 anos de existência, a Sociedade Filarmónica 1.º Dezembro conta com um longo e rico historial, incluindo valiosos galardões a premiar a notável vida artística da sua banda de música, assim como inúmeras deslocações pelo país e estrangeiro. Este património cultural pode ser visto na exposição patente na Casa Mora até 15 de Agosto.
Florindo Cardoso
O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, inaugurou a exposição “Revisitar Montijo: Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro”, no passado dia 27 de Fevereiro, no Museu Municipal Casa Mora, numa cerimónia que contou com a presença de dezenas de pessoas. Estiveram ainda presentes o presidente da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, Fernando Caria, e o presidente da colectividade, Joaquim Baliza, entre outras individualidades que prestaram assim homenagem à 1.º de Dezembro, fundada precisamente nesse dia de 1854.
“Quero dirigir uma palavra de apreço e agradecimento àqueles que estão hoje à frente dos destinos da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro pela disponibilidade em colaborar connosco na realização desta exposição” salientou Nuno Canta.
O edil realçou que esta colectividade foi sempre “um espaço de liberdade, abertura, cultura e de música”, com “uma tradição associativa muito rica, uma referência do movimento associativo montijense que tem desempenhado um papel insubstituível na formação musical de diferentes gerações” e por isso “é um motivo de orgulho apresentar na Casa Mora uma exposição que honra a história da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro”.
Nuno Canta lembra que a colectividade centenária mantém “um património cultural que faz parte integrante da nossa memória colectiva” e com esta exposição “homenageámos todos aqueles que ao longo de mais de 160 anos souberam engrandecer a cultura do Montijo”.
Por sua vez, Joaquim Baliza classificou esta exposição de “extraordinária” comprovando que a 1.ª de Dezembro “continua a ser a mais emblemática e prestigiada instituição do concelho, horando o seu grandioso passado através da realização de diversas actividades culturais e desportivas, destacando-se a banda de música, o grupo coral, o grupo de cavaquinhos, a orquestra ligeira e a academia de artes”. “As actividades desenvolvidas levam-nos a valorizar o caminho exemplar que a nossa Filarmónica 1.º de Dezembro desenvolve na comunidade local, de forma ininterrupta desde 1854 até à actualidade”.
Já Duarte Crispim, um dos responsáveis pela exposição, explicou que “a ideia foi focar o trabalho dos cinco compositores que deram origem ao projecto ‘Revisitar Montijo’, reunindo o espólio da 1.º de Dezembro, e tentar adaptar cronologicamente o percurso e os momentos mais marcantes da colectividade”.
A mostra destaca os cinco compositores que marcaram a colectividade, Baltazar Manuel Valente, António Fortunato de Sousa, António Onofre, Paulino Gomes Júnior e Manuel Cola, bem como os momentos mais importantes vividos por esta colectividade. Foi a obra destes homens que serviu de ponto de partida para esta exposição que estará patente ao público até 15 de Agosto, de segunda a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, com entrada gratuita.
À inauguração da exposição somou-se a apresentação, no mesmo dia, de um documentário com o mesmo título. Apresentado no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA), o documentário “Revisitar Montijo” foi realizado em co-produção pela Companhia Mascarenhas Martins e é um olhar cinematográfico pela história e importância da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro.
O ciclo Revisitar Montijo, que teve início a 21 de Novembro de 2015 com a actuação da Banda da 1.º de Dezembro no CTJA, é promovido pela Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, com o apoio da Câmara Municipal do Montijo e da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro.
