Ministro Pedro Marques anuncia no Montijo: Obra de requalificação da EN 4 arranca em Agosto

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou na passada segunda-feira, 16 de Janeiro, o lançamento da obra de requalificação da Estrada Nacional 4, entre o Montijo e Pegões, num investimento estimado de 4,5 milhões de euros.

“Hoje podemos arrancar com um concurso de uma obra muito importante para estes concelhos, mas também para o país como um todo, pois é uma estrada muito utilizado para a circulação do transporte de mercadorias”, afirmou Pedro Marques, na cerimónia de apresentação da empreitada, que decorreu no salão nobre da Câmara Municipal do Montijo.

A Infraestruturas de Portugal vai avançar com a obra de requalificação do troço da EN4 entre a EN118, no Montijo, e a intersecção com a EN10 em Pegões, numa extensão de 25,5 quilómetros. A empreitada, cujo concurso público já foi lançado, com um preço base estimado em 4,5 milhões de euros, deverá começar em Agosto, tendo um prazo de execução de 330 dias.

“A estrada está muito degradada e é preciso intervir”, admitiu o ministro, acrescentando que “é uma reparação de fundo, de muitos quilómetros entre o Montijo e Pegões” e “repomos as condições de segurança de uma estrada muito importante e vamos cumprindo os nossos compromissos, num ano em que esperamos aumentar o crescimento do investimento público em 22%”.

Os trabalhos a executar envolvem a fresagem e repavimentação de todo o troço, a substituição e readequação da sinalização vertical de código e de orientação, a remarcação da sinalização horizontal, a colocação de novos equipamentos de segurança da estrada como as Guardas de Segurança, onde se incluem os Dispositivos de Protecção para Motociclistas, e a requalificação dos sistemas de drenagem.

O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, disse que a obra na EN4, que passa pelos concelhos do Montijo, Palmela e Alcochete, é “uma aspiração das populações”, salientando que “há muitos anos que a Estrada Nacional 4 carece de uma manutenção adequada e hoje tem grande perigosidade do ponto de vista rodoviário”. “É um anseio grande das populações, porque os utilizadores gostam de a utilizar em condições de segurança e tem existido alguns acidentes”, afirmou.

Questionado pelo jornalistas, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, afirmou que nas próximas semanas vão surgir novidades sobre o novo aeroporto complementar ao de Lisboa, referindo que a base aérea no Montijo foi estudada de forma particular.

“Ao longo do último ano tenho dito que estivemos a analisar as várias condições e pistas complementares que existem na região de Lisboa, mas, particularmente, esteve a ser a analisada a possibilidade da utilização da pista complementar aqui no Montijo”, disse o ministro.

Pedro Marques garantiu que os trabalhos técnicos estão avançados e que em breve vai ser anunciada a decisão do Governo.

“A minha expectativa, uma vez que temos os trabalhos técnicos muito avançados, é que nas próximas semanas possamos dizer ao país de forma clara quais são ser os próximos passos e opções. Temos o trabalho adiantado, temos as condições que não tínhamos há um ano para tomar decisões”, defendeu.

O ministro salientou que a Base Aérea Nº6, no Montijo, foi estudada de forma particular para acolher um aeroporto complementar ao Humberto Delgado, que deverá receber os voos ‘low-cost’.

“Fomos estudando de forma mais intensa a situação desta pista da Base Aérea Nº6 do Montijo e da sua utilização como pista complementar ao aeroporto de Lisboa e nas próximas semanas teremos novidades”, salientou.

O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, disse que “a decisão tem que ser consistente e capaz de alavancar o país”. “Estamos dispostos a assumir estes encargos com a nova infraestrutura aeroportuária, quer seja com a antiga solução no Campo de Tiro de Alcochete ou na Base Aérea Nº6. O Montijo está disponível para receber esta infraestrutura”, afirmou.

Nuno Canta referiu que um aeroporto complementar no Montijo vai servir para equilibrar o desenvolvimento económico entre as duas margens do Tejo, bem como para o aumento da capacidade de resposta do aeroporto de Lisboa.

“Sabemos que vai trazer alguns problemas, como a nível ambiental ou de trânsito, mas o Montijo está disponível para esse desafio”, concluiu.