Greve dos professores com 50% de adesão em Setúbal

Várias escolas do distrito de Setúbal estiveram encerradas, hoje, dia 13 de Março, devido à greve dos professores. Nos primeiros tempos de aulas a adesão foi de 50%, revelou o SPGL (Sindicato dos Professores da Grande Lisboa).

“A adesão à greve nos primeiros tempos foi de apenas 50%, mas estes números são normalmente os mais baixos e tendem a aumentar à medida que as escolas vão actualizando os dados”, disse a vice-presidente do SPGL, Brígida Baptista, adiantando que houve “várias escolas fechadas no distrito de Setúbal”.

Segundo o SPGL, a Escola Secundária Romeu Correia, EB 2+3 Alembrança (Almada) e a Escola primária de Praias-do-Sado (Setúbal) não abriram portas hoje devido à greve dos professores convocada para a região autónoma da Madeira e para os distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal.

Nas escolas EB1 Alvalade do Sado e Jardim de Infância de Santo André, Concelho de Santiago do Cacém, também não houve aulas.

Na escola secundária do Bocage, uma das maiores do concelho de Setúbal, o diretor Pedro Gomes admitiu que alguns professores faltaram aos primeiros tempos letivos, mas escusou-se a adiantar qualquer número sobre a adesão à greve.

“Nesta altura, há muitos testes marcados e nesta escola a adesão à greve não costuma ser muito elevada”, acrescentou Pedro Gomes.

Muito fraca parece ter sido também a adesão à greve nos primeiros tempos letivos na Escola Secundária Sebastião da Gama, que, segundo o diretor-adjunto, António Sousa, terá ficado “entre os 10% e os 15%”.

Mais elevada foi a adesão à greve na EB1 Alberto Valente (Pinhal Novo, Palmela), que, segundo o SPGL, registou uma adesão de 42% nos primeiros tempos letivos de hoje.

Os sindicatos de professores decidiram manter a greve, uma vez que, na reunião efectuada na segunda-feira no Ministério da Educação, não houve acordo com o governo sobre o tempo de serviço dos professores que deverá ser descongelado. O governo admite o descongelamento de dois anos e dez meses de tempo de serviço aos docentes, mas os professores exigem que sejam contabilizados os nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço que foi congelado.