Fortaleza de S. Filipe em obras: Câmara de Setúbal quer gerir Pousada

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira “não está satisfeita com a prestação de serviços do Grupo Pestana, quer em relação ao próprio serviço que desenvolve quer em relação à actuação na manutenção do edificado histórico importantíssimo” da Pousada de Setúbal, situada na Fortaleza de S. Flipe, porque “nunca se viu este grupo a fazer ali qualquer manutenção e tudo o que fazia em relação à higiene e limpeza do espaço envolvente era sempre os mínimos”.

“O grupo Pestana nunca foi uma entidade muito empenhada na conservação, divulgação e promoção daquele edifício” realça a edil sublinhando que “já disse isso pessoalmente numa reunião com o grupo”.

Maria das Dores Meira também já abordou este problema como o governo. “Façam outra concessão e a Câmara de Setúbal está interessada”. “Gostaríamos muito” disse.

A Fortaleza de S. Filipe “está a ser recuperada e vai agora ser entregue uma candidatura ao QREN (Quadro de Referência de Estratégia Nacional)” revelou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, sublinhado que o imóvel é propriedade do Estado, nomeadamente do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico). A autarca lembra que o Estado “solicitou uma parceria para levar para as obras para a frente mas não pagas pelo município”.

A primeira fase das obras “quase paliativas de urgência por causa de umas fissuras no imóvel estão concluídas” disse a autarca acrescentando que “há uma obra mais profunda, em relação às infraestruturas, que está calendarizada pelo governo, num conjunto de três edifícios desta natureza (Castelo de Palmela, Fortaleza de Setúbal e Forte Vila Nova de Gaia)”.

Recorde-se que o Grupo Pestana decidiu fechar a Pousada de Setúbal temporariamente no dia 1 de Novembro de 2014 com a promessa de reabrir até Abril deste ano, alegando problemas de estabilidade na Fortaleza de São Filipe. Seis meses após essa data para a reabertura da pousada, o Grupo Pestana mantém o silêncio sobre o que fará. Aliás, os funcionários que ali trabalhava foram redistribuídos por outras unidades do grupo.