Festival Músicas do Mundo de Sines: Programa com 56 concertos de 36 países

O programa de concertos do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo que vai realizar-se de 21 a 29 de Julho, em Sines e Porto Covo, conta com 56 concertos de 36 países e cinco continentes.
De 21 a 23 de Julho, sexta a domingo, o festival promovido pela Câmara Municipal de Sines estará sedeado no largo Marquês de Pombal, em Porto Covo, com uma programação gratuita. Nos dias 24 e 25 de julho, segunda e terça-feira, o festival transita para a cidade de Sines, com concertos pagos no auditório do Centro de Artes e gratuitos no pátio das Artes, largo Poeta Bocage e terreiro do Castelo.

Os dias de maior intensidade do festival, na cidade de Sines, ocorrem entre 26 e 29 de julho, com concertos no palco histórico do castelo (gratuitos à tarde e pagos à noite) e no palco junto à praia Vasco da Gama (gratuitos). A iniciar cada um desses quatro dias, haverá música no auditório do Centro de Artes de Sines (concertos pagos).
O certame traz a Portugal alguns dos melhores músicos do continente africano com o marfinês Tiken Jah Fakoly, a maliana Oumou Sangaré, o camaronês Richard Bona (num projecto com o grupo Mandekan Cubano) e o encontro entre as cantautoras Fatoumata Diawara (Mali) e Hindi Zahra (Marrocos). Orlando Julius, lenda da música nigeriana, regressa ao festival com a orquestra brasileira Bixiga 70. A África do Sul estará representada pelos BCUC, banda do Soweto. Estarão presentes três dos maiores músicos de Cabo Verde, Mário Lúcio, Lura e Vasco Martins e o angolano, Waldemar Bastos.
O rapper Emicida encabeça uma delegação brasileira onde também participam os cantautores Makely Ka e Gustavito e o grupo Metá Metá. Do universo das orquestras, vêm ao festival a chilena Chico Trujillo, a peruana Bareto e a colombiana La Mambanegra. A fusão das músicas latinas com a electrónica chega pelo equatoriano Mateo Kingman e pelos colombianos Bulldozer e Romperayo. O C4 Trío, da Venezuela, é um expoente da tradição do cuatro. Ainda nas Américas, de registar a participação de Aurelio, voz do povo garifuna nas Honduras, do projecto porto-riquenho ÌFÉ e de três músicos norte-americanos: o poeta nova-iorquino Saul Williams, a cantautora de raízes haitianas Leyla McCalla e o músico de reggae havaiano Mike Love.
A China volta ao FMM Sines com folk das regiões de Guangxi – Mabang – e da Mongólia Interior – Tulegur. As percussões iranianas chegam nos dedos de Mohammad Reza Mortazavi. Parvathy Baul será a embaixadora da tradição mística baul, da Índia. Ainda da Ásia, também estão programadas The Barberettes, doo-wop da Coreia do Sul, e A-WA, trio feminino de Israel com raízes na cultura judaica iemenita.
Na fronteira entre a Ásia e a Oceania, as ilhas Molucas são a inspiração do grupo de jazz Boi Akih. O jazz é também a matriz dos franceses Thomas de Pourquery & Supersonic e dos galegos Sumrrá.
A Europa terá uma presença entre as músicas de raiz tradicional e as fusões com músicos de outros géneros e continentes. Savina Yannatou & Primavera en Salonico traz-nos a música da “Jerusalém dos Balcãs”, Tessalónica. A cantora Gaye Su Akyol mostra-nos o lado mais cosmopolita da Turquia. Os Den Sorte Skole são dois produtores dinamarqueses, mas a música que lhes dá vida é de todo o mundo. Ifriqiyya Électrique junta rock francês com rituais sufi tunisinos. O MC anglo-nigeriano Afrikan Boy e a banda franco-marroquina N3rdistan são músicos entre África e Europa. Nessi Gomes, cantautora britânica de origem portuguesa, apresenta a sua proposta de folk alternativa a partir da ilha de Guernsey. Espanha terá em Sines dois dos principais nomes da sua folk: a galega Mercedes Peón e o duo catalão Maria Arnal i Marcel Bagés.

Portugal estará presente com António Chainho, André Baptista, Cristina Branco, Medeiros/Lucas, Sopa de Pedra, Simply Rockers Sound System e JAE Sessions. Os artistas portugueses estarão também representados em concertos partilhados com artistas de outras nacionalidades: José Mucavele/João Afonso (Moçambique/Portugal); Benjamim/Barnaby Keen (Portugal/Reino Unido); Coladera (Brasil/Portugal/Cabo Verde) e Cantos de Cego da Galiza e Portugal. A Orquestra Latinidade, sedeada em Lisboa, junta músicos de vários países de herança latina.