Concessionárias das praias da Arrábida queixam-se da quebra do negócio

Os concessionários das praias da Figueirinha, Galapos e Galapinhos, na Arrábida, estão descontentes com o programa “Arrábida sem carros” que, na sua opinião têm prejudicado o negócio durante a época balnear.

O descontentamento foi transmitido aos representantes nacionais e locais dos eleitos por Setúbal, durante uma visita realizada a 27 de Julho, à praia da Figueirinha, a convite do movimento de cidadãos “Praia na praça” https://www.facebook.com/groups/404130396721763/ com o objectivo de permitir que os mesmos vissem no terreno o impacto das medidas implementadas recentemente pela Câmara Municipal de Setúbal, quer para os habitantes da região de Setúbal quer para os turistas, principalmente o corte de trânsito entre a Figueirinha e o Creiro.

Henrique Carvalho, concessionário na Figueirinha há vinte anos, apontou a falta de um posto de informação aos turistas como a principal falha dum sistema que se quer em prol do turismo.

Segundo este concessionário da praia, as informações são muitas vezes prestadas pelos patrulheiros ou pelos guardas no inglês que conseguem transmitir ou por gestos.

O responsável pelo “Banana Splash” aguarda ainda as anunciadas melhorias na praia que parecem tardar em chegar à sua zona de concessão para a qual, a partir do estacionamento, nem passeio há.

Henrique Carvalho salienta que está a lucrar apenas 30% do volume de negócio em comparação com os anos anteriores.

Já Paulo Ribeiro, concessionário de Galapos e Galapinhos, nomeadamente do “Ondagalapos” afirma estar a um terço da facturação e que, noutros anos, teria por esta altura todas as suas setenta palhotas reservadas ao passo que este ano tem apenas uma.

O responsável lamenta que já ninguém venha de Setúbal almoçar ao seu restaurante e nota que a sua clientela é agora praticamente toda estrangeira: nem os infantários para ali vão.

Paulo Ribeiro disse ainda ter solicitado reuniões com a presidente do município, Maria das Dores Meira, mas até agora ainda foi recebido.

Quanto aos transportes, o responsável considera que não estão adequados à realidade, menos ainda na praia em que trabalha, visto não haver sequer um banco ou uma sombra na paragem de Galapos. Contou mesmo que um dia, ao descer com o seu carro pessoal, deu boleia a uma senhora grávida e com uma criança que se encontravam ao sol, em pé, a aguardar o vaivém.