António Costa anuncia em conferência no Montijo: 450 Milhões às empresas até ao final do ano

O primeiro-ministro, António Costa, considera que a aceleração da execução dos fundos comunitários foi definida como uma prioridade, referindo que o objectivo é chegar ao final do ano com 450 milhões de euros financiados às empresas.

“Definimos com prioridade a aceleração da execução dos fundos comunitários. Há um ano atrás tinham sido disponibilizados às empresas quatro milhões de euros, por isso fixámos o objectivo de 100 milhões de euros em 100 dias. Hoje já atingimos os 300 milhões de euros e continuamos a trabalhar para cumprir a meta que nos propusemos de ter 450 milhões de euros financiados às empresas até ao final do ano”, disse António Costa, durante a conferência “Investimento em Portugal”, promovida pelo COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, que decorreu no Cinema Teatro Joaquim de Almeida, recentemente, no Montijo.

António Costa salientou que é essencial que o país ganhe confiança com o “clima e tranquilidade e paz social que existe em Portugal”, frisando que “o contributo que tem sido dado ao longo de todo este ano por diferentes órgãos de soberania e parceiros sociais, tendo em vista criar um clima de descrispação, é essencial para reforçar a confiança e ter melhores condições para poder investir”, afirmou.

O primeiro-ministro considerou que fundos comunitários “são uma alavanca essencial”, num quadro em que o Estado e as autarquias têm poucos recursos próprios e o financiamento bancário “não é particularmente favorável”.

“Os recursos que podemos ter todos como garantidos para investir são os recursos comunitários. Muitas vezes entristecemo-nos com algumas as decisões da União Europeia, mas não nos podemos esquecer o contributo essencial que tem dado ao longo destes 30 anos para o nosso desenvolvimento e o contributo que os fundos comunitários dão para podermos prosseguir uma trajectória de desenvolvimento”, defendeu.

António Costa referiu que é também necessário um sistema financeiro capaz de financiar a economia. “Brevemente teremos condições para concluir com o Banco de Portugal uma solução sistémica para encontrar solução para os activos não produtivos que a banca acumulou ao longo de muitos anos. Temos por isso condições para chegarmos ao final do ano com um sistema financeiro estabilizado e em boas condições de cumprir a sua função de assegurar as poupanças das famílias e financeira o investimento da economia”, defendeu.

O primeiro-ministro referiu ainda que a primeira prioridade do governo foi criar “boas condições” para que houvesse investimento, referindo que no primeiro concurso surgiram mais de três mil milhões de euros de projectos candidatos, só em Abril e Maio, no âmbito dos sistemas de incentivos Portugal 2020.

“Não temos os números finais, mas as candidaturas abertas ultrapassarão os dois mil milhões de euros. Apesar de muitos receios, o Instituto Nacional de Estatística (INE) veio confirmar o que sentimos, que no primeiro semestre aumentamos em 7,7% o investimento privado em Portugal”, salientou.

Por sua vez, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, sublinhou que já estão aprovados mais 1,6 mil milhões de euros de novo investimento. “Isto é muito significativo, pois corresponde a um concurso de um trimestre. No quadro dos projectos aprovados desde que chegamos ao governo, os empresários já se comprometeram com 28 mil postos de trabalho em Portugal”, disse.

Pedro Marques explicou ainda que o acelerador de investimento é uma oportunidade de obterem mais comparticipação nos projectos em troca de “oferecerem ao país” mais investimento no ano de 2016. “O acelerador de investimento permite que quem antecipar para o ano de 2016 o investimento programado para 2017 e anos seguintes nas candidaturas aprovadas, tenha mais 10% de taxa de comparticipação e que aqueles que executarem mais de metade do investimento programado para o próprio tenham uma taxa adicional de 7,5% de comparticipação”, concluiu.

 

Presidente da Câmara Municipal do Montijo:

Nuno Canta confiante na vinda do aeroporto

O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, destacou que “este momento reveste-se de grande significado para todos quantos na região e no país contribuem para o investimento, o crescimento económico, a inovação e a criação de emprego”.

Nuno Canta disse que o Montijo “quer assumir o futuro com o respeito pelo seu desígnio histórico, acolhendo como todos sabem o investimento do novo aeroporto de Lisboa, uma terra que assume a democracia como condição essencial ao desenvolvimento económico”. Aliás, sobre este assunto, disse ao Jornal Setúbal Mais que “os estudos estão avançar e confirmam que Montijo é a grande opção” para o aeroporto das companhias de low-cost.

O autarca está “muito confiante” lembrando que “a opção do Montijo nunca esteve afastada” mas “como é normal há movimentações de todos os interventores no processo”.

“Acompanhamos no Montijo um conjunto de empresas para chamar a atenção da importância do desenvolvimento económico, da modernização das infraestruturas produtivas, do investimento e da inovação”, salienta o edil, lembrando que o concelho é líder nacional da transformação da carne de porco e da produção de plantas e viveiros em estufa, e líder da península ibérica na produção de gerberas e em 2016 o melhor moscatel do mundo, da Adega de Pegões.

“Estas dinâmicas empresariais são o resultado da capacidade do Montijo para acolher, facilitar e simplificar procedimentos e licenciamentos”, disse ainda Nuno Canta.