Almada encerra 2015 sem dívidas a fornecedores: Com execução orçamental de 87,5%

O município de Almada encerra as contas de 2015 com uma execução orçamental de 87,5% na despesa e de 103% na receita, sem dívidas a fornecedores. O presidente da autarquia, Joaquim Judas, revelou que o saldo da conta de gerência que transita para 2016 é de 40 milhões de euros.

Florindo Cardoso

O presidente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas, afirma que “o município encerrou o ano de 2015 sem quaisquer dívidas a fornecedores e com um grau de execução de 87,5% na despesa e de 103% na receita”, tendo sido efectuados pagamentos na ordem dos 108 milhões de euros, cerca de 11 milhões de euros a mais do que no final do ano de 2014, representando um aumento superior a 11%.

Esta revelação foi feita durante um encontro com jornalistas para fazer o balanço do ano, na passada segunda-feira, dia 11 de Janeiro, no Fórum Municipal Romeu Correia, onde o presidente sublinhou que “estes resultados demonstram que estamos no bom caminho”.

Joaquim Judas frisou que a autarquia almadense tem “contas equilibradas, transitando para o ano de 2016 com um saldo de gerência que rondará os 40 milhões de euros, o que nos oferece condições para lançar todos os projectos que constam do Plano de Actividades e Orçamento”, no valor de 112 milhões de euros, e “levar a cabo um conjunto de programas de grande importância”.

“Demos execução ao Plano de Emergência Social, concedendo apoios a 527 famílias, num montante de 240 mil euros nos últimos dez meses” disse o edil, sendo que 80 por cento desta verba destinou-se à satisfação de despesas de habitação, como rendas, água, luz e gás, de agregados que se encontravam perante a ameaça de despejo iminente.

Joaquim Judas destacou o lançamento de “um vasto e ambicioso programa de renovação e modernização do parque escolar do primeiro ciclo do ensino básico” e o desenvolvimento das actividades culturais e desportivas, “mantendo um alto nível de qualidade, assegurando as condições para que a Companhia de Teatro de Almada apresente um cartaz reconhecido a nível nacional e internacional”. O edil destacou ainda “o ambicioso programa de promoção turística da Costa da Caparica” com os festivais de música e de surf, a inauguração das novas instalações da Universiade Sénior e do Teatro António Assunção, e o planisfério da interculturidade, requalificando um espaço urbano no Monte da Caparica.

Ao nível do Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), o presidente da autarquia realçou as obras de modernização das redes de abastecimento de água da zona da Almada Velha, cujos equipamentos já tinham 40 anos. Já estão elaborados os estudos gerais para as zonas de Almada Norte e Sul (Cova da Piedade), onde se prevêem investimentos na ordem dos 13 milhões em 2016.

“Enfrentámos o ano de 2016 com confiança” disse Joaquim Judas advertindo que “essa confiança só se confirmará se houver respeito pela autonomia do poder local democrático”, dando como exemplos “a ameaça de reorganização do serviço de fornecimento de água, orientado para um processo de privatização, com elevados custos para os cidadãos, o processo de privatização da EGF (Empresa Geral de Fomento), com todos os transtornos que provoca em termos de recolha, depósito e tratamento de resíduos, as questões relacionadas com a possibilidade de contratação e métodos de organização de pessoal, como a imposição do horário de trabalho de 40 horas, as limitações impostas ao desenvolvimento da carreiras dos trabalhadores, com a desmotivação que isso provoca, e a incerteza permanente sobre as verbas que podemos contar nas transferência do Estado para as autarquias”.